O Partido dos Trabalhadores é o divisor de águas da nossa política:
nada continuará como antes depois que o PT assumiu o governo.
Por: Emerson Marinho*
As nossas
casas tem sendo invadidas nos últimos anos por notícias, das mais diversas, sobre
a corrupção no meio político. E é claro e inegável o grande protagonismo do PT
e o seu grande representante, Lula. O ex-presidente já foi, por diversas vezes,
intitulado como o chefe da quadrilha, já foi indiciado e condenado, absolvido (ainda
que não oficialmente) e será novamente indiciado e por fim, condenado e preso,
isso é inevitável. Entretanto, o torpe e vil partidarismo daqueles que são contra
o estadista e/ou o seu partido deixam a imparcialidade de lado e não dão os
devidos créditos ao líder político.
Não é de hoje
que a demagogia impera no nosso país. Quando se faz referência à histórica
frase do Lula proferida em diversos discursos “nunca antes na história desse
país”, atualmente se vincula aos casos de corrupção, desvios de dinheiro, à
economia quebrada ou a tantos outros fatos “negativos” atribuídos ao “Pai dos
Pobres”. É inegável afirmar que nunca se viu nos nossos meios de comunicação notícias
de quantias avultantes e fatos aviltantes, como na época do PT. Mas também não
podemos fechar os olhos para os fatos “positivos” dos mais de 10 anos de
governo do Partidos dos Trabalhadores, que o digam os mais pobres, que mesmo
com toda a sorte de denúncias contra o ex-presidente, ainda afirmam
categoricamente votar nele se esse for novamente candidato.
O Partido dos
Trabalhadores é o divisor de águas da nossa política: nada continuará como
antes depois que o PT assumiu o governo. Não se pode negar que Lula, Dilma e os
outros líderes políticos desse partido estão envolvidos até o pescoço de forma
ativa ou passiva, com todo a sorte de processos de corrupção denunciados e
divulgados diuturnamente por nossa imprensa. Apesar de negarem insistentemente serem
ilações e não condizer com a verdade, os fatos não permitem mais negar: são culpados.
De outro
lado, são culpados também, e os “grandes responsáveis”, mesmo indiretamente,
por todas as denúncias de corrupção, pelas investigações da Polícia Federal que
(até ano passado) tinham toda a liberdade para investigar os ilícitos dos
colarinhos brancos e até mesmo prender quem se achava acima da lei. São eles os
principais responsáveis por fazer com que a população conheça, por dentro, a
pútrida política que impera no nosso sistema republicano de se fazer política. É
claro que essa abertura foi um tiro no pé dos petistas, foram arrogantes ao
acreditar jamais serem alcançados pelos longos braços e fortes da lei.
Repito, as
afirmações de que “nunca se viu tanta roubalheira e corrupção no nosso país” é
desonesto e demagógico, mas tem um pouco de verdade. É verdadeiro que nunca se
viu, pois nunca foi denunciado ou investigado, nunca foi permitido se entrar na
caixa preta da política brasileira. E é por esse mesmo motivo que é: desonesto
e demagógico dizer que nunca houve tanta corrupção. Ou alguém acredita que foi
o PT que inventou essa forma de governar? Se hoje tivéssemos o poder e autoridade
para pedir a investigação de todos os nossos ex-presidentes, desde a época da
redemocratização, alguém acredita que o modus
operandi era diferente? Alguém acredita que as nossas instituições públicas
jamais serviram de caixa para as campanhas e cofres pessoais dos nossos
políticos? Ou alguém acha que os valores desviados, percentualmente, comparados ao Produto Interno Bruto daquela
época, são diferentes de hoje? É claro que estamos nos restringindo ao Governo
Federal, no entanto, todas essas conjecturas serviriam como uma luva para os
governos estaduais, municipais e distrital. Se fossemos um pouco mais fundo
iríamos encontrar essa prática execrável nas mais simples instituições como, diretoria
das escolas, postos de saúde, etc.
Não mais nos surpreende
quando nos são apresentadas as planilhas de qualquer campanha política com seus
volumosos valores que vão de alguns milhares até centena de reais. Nos perguntarmos,
por que tantos querem disputar cargos públicos eletivos se é necessário esse
grande investimento em campanha, já que o salário de 4 anos de mandato jamais
daria para quitar nem um décimo dessa dívida? A resposta é bem simples, não
pagam os empréstimos obtidos junto a agiotas com o salário de parlamentar, mas
sim, com o produto da corrupção das mais diversas, pois passam a tratar as
empresas públicas como privadas, como extensão de seus próprios negócios e os
recursos públicos como pessoais. Essa é a equação da nossa política e é por
isso que tantos se perpetuam na vida política que é tida como profissão.
Nada mais
será como antes, depois do PT, pelo menos é essa a nossa esperança. Depois do
governo do PT precisamos passar o Brasil,
realmente, a limpo. É preciso uma reforma política urgente, mas uma
reforma discutida com o próprio povo, não uma reforma feita pelos políticos que
serão os próprios beneficiados, muito menos por aqueles denunciados em
processos de corrupção. O problema do Brasil nunca foi e jamais terá sido o PT,
afinal tantos outros partidos, senão todos, estão diretamente ou indiretamente
ligados à corrupção, mesmo aquela ainda não descoberta. Atualmente, é difícil
encontramos alguém que acredita em partido ou político honesto no Brasil. O povo
precisa participar dessa e das outras reformas de forma ativa. Não podemos mais
considerar ser representados por aqueles suspeitos ou apontados como
criminosos. O Brasil não é assim, os brasileiros não são assim. Nos permitamos,
mais uma vez, dar o nosso grito de Independência para que o Sol da Liberdade volte
a brilhar no céu da nossa Pátria Amada novamente.