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07 setembro 2017

PT, O DIVISOR DE ÁGUAS DA POLÍTICA BRASILEIRA

O Partido dos Trabalhadores é o divisor de águas da nossa política: nada continuará como antes depois que o PT assumiu o governo.

Por: Emerson Marinho*

As nossas casas tem sendo invadidas nos últimos anos por notícias, das mais diversas, sobre a corrupção no meio político. E é claro e inegável o grande protagonismo do PT e o seu grande representante, Lula. O ex-presidente já foi, por diversas vezes, intitulado como o chefe da quadrilha, já foi indiciado e condenado, absolvido (ainda que não oficialmente) e será novamente indiciado e por fim, condenado e preso, isso é inevitável. Entretanto, o torpe e vil partidarismo daqueles que são contra o estadista e/ou o seu partido deixam a imparcialidade de lado e não dão os devidos créditos ao líder político.

Não é de hoje que a demagogia impera no nosso país. Quando se faz referência à histórica frase do Lula proferida em diversos discursos “nunca antes na história desse país”, atualmente se vincula aos casos de corrupção, desvios de dinheiro, à economia quebrada ou a tantos outros fatos “negativos” atribuídos ao “Pai dos Pobres”. É inegável afirmar que nunca se viu nos nossos meios de comunicação notícias de quantias avultantes e fatos aviltantes, como na época do PT. Mas também não podemos fechar os olhos para os fatos “positivos” dos mais de 10 anos de governo do Partidos dos Trabalhadores, que o digam os mais pobres, que mesmo com toda a sorte de denúncias contra o ex-presidente, ainda afirmam categoricamente votar nele se esse for novamente candidato.

O Partido dos Trabalhadores é o divisor de águas da nossa política: nada continuará como antes depois que o PT assumiu o governo. Não se pode negar que Lula, Dilma e os outros líderes políticos desse partido estão envolvidos até o pescoço de forma ativa ou passiva, com todo a sorte de processos de corrupção denunciados e divulgados diuturnamente por nossa imprensa. Apesar de negarem insistentemente serem ilações e não condizer com a verdade, os fatos não permitem mais negar: são culpados.

De outro lado, são culpados também, e os “grandes responsáveis”, mesmo indiretamente, por todas as denúncias de corrupção, pelas investigações da Polícia Federal que (até ano passado) tinham toda a liberdade para investigar os ilícitos dos colarinhos brancos e até mesmo prender quem se achava acima da lei. São eles os principais responsáveis por fazer com que a população conheça, por dentro, a pútrida política que impera no nosso sistema republicano de se fazer política. É claro que essa abertura foi um tiro no pé dos petistas, foram arrogantes ao acreditar jamais serem alcançados pelos longos braços e fortes da lei.

Repito, as afirmações de que “nunca se viu tanta roubalheira e corrupção no nosso país” é desonesto e demagógico, mas tem um pouco de verdade. É verdadeiro que nunca se viu, pois nunca foi denunciado ou investigado, nunca foi permitido se entrar na caixa preta da política brasileira. E é por esse mesmo motivo que é: desonesto e demagógico dizer que nunca houve tanta corrupção. Ou alguém acredita que foi o PT que inventou essa forma de governar? Se hoje tivéssemos o poder e autoridade para pedir a investigação de todos os nossos ex-presidentes, desde a época da redemocratização, alguém acredita que o modus operandi era diferente? Alguém acredita que as nossas instituições públicas jamais serviram de caixa para as campanhas e cofres pessoais dos nossos políticos? Ou alguém acha que os valores desviados, percentualmente,  comparados ao Produto Interno Bruto daquela época, são diferentes de hoje? É claro que estamos nos restringindo ao Governo Federal, no entanto, todas essas conjecturas serviriam como uma luva para os governos estaduais, municipais e distrital. Se fossemos um pouco mais fundo iríamos encontrar essa prática execrável nas mais simples instituições como, diretoria das escolas, postos de saúde, etc.

Não mais nos surpreende quando nos são apresentadas as planilhas de qualquer campanha política com seus volumosos valores que vão de alguns milhares até centena de reais. Nos perguntarmos, por que tantos querem disputar cargos públicos eletivos se é necessário esse grande investimento em campanha, já que o salário de 4 anos de mandato jamais daria para quitar nem um décimo dessa dívida? A resposta é bem simples, não pagam os empréstimos obtidos junto a agiotas com o salário de parlamentar, mas sim, com o produto da corrupção das mais diversas, pois passam a tratar as empresas públicas como privadas, como extensão de seus próprios negócios e os recursos públicos como pessoais. Essa é a equação da nossa política e é por isso que tantos se perpetuam na vida política que é tida como profissão.

Nada mais será como antes, depois do PT, pelo menos é essa a nossa esperança. Depois do governo do PT precisamos passar o Brasil,  realmente, a limpo. É preciso uma reforma política urgente, mas uma reforma discutida com o próprio povo, não uma reforma feita pelos políticos que serão os próprios beneficiados, muito menos por aqueles denunciados em processos de corrupção. O problema do Brasil nunca foi e jamais terá sido o PT, afinal tantos outros partidos, senão todos, estão diretamente ou indiretamente ligados à corrupção, mesmo aquela ainda não descoberta. Atualmente, é difícil encontramos alguém que acredita em partido ou político honesto no Brasil. O povo precisa participar dessa e das outras reformas de forma ativa. Não podemos mais considerar ser representados por aqueles suspeitos ou apontados como criminosos. O Brasil não é assim, os brasileiros não são assim. Nos permitamos, mais uma vez, dar o nosso grito de Independência para que o Sol da Liberdade volte a brilhar no céu da nossa Pátria Amada novamente.

* Bacharel em Comunicação Social