A última semana para o 2º turno
das eleições municipais em São Luís é marcada por um clima tenso. De um lado, o
atual prefeito, João Castelo, tem tido problemas com a sua campanha o que tem
potencializado seus ataques ao adversário e sua família sem que isso tenha se revertido
em mudança dos números das pesquisas de intenções de votos apresentados pelos institutos,
que mantém a diferença entre os dois.
A sede pelo poder tem trazido à
tona táticas de guerrilha, de lado a lado.
Do lado do Castelo as criticas se
intensificam trazendo a religião para o campo da disputa política, por ser o
seu adversário, evangélico. Edivaldo aparece junto com seu grupo em vídeo
conclamando militares e bombeiros a formar o Comitê dos Militares para 2012. Em
determinado trecho do vídeo é possível ouvir: É PIOR QUE O GRUPO QUE MATOU BIN
LADEN.
É clara a necessidade de se
trazer Forças Federais para o pleito que se aproxima, não só para evitar abusos
de poder, mas também fraudes e a possível violência entre os partidários de
parte a parte que pretendem ganhar o poder custe o que custar.
Sobre o vídeo que circula pela
internet, me permito discordar do secretário adjunto de Segurança Pública, Laércio
Costa, quando afirma que “a veracidade do vídeo é clara”. Como profissional de
comunicação com experiência em edição de áudio e vídeo, vejo que o vídeo PODE se
tratar claramente de uma montagem, ou mesmo fruto de edição. O inicio do vídeo
mostra-se muito picotado, fruto de vários cortes, que pode decorrer de várias “paradas”
durante a gravação ou de vários cortes na edição o que se caracteriza montagem,
pois o conteúdo pode ser manipulado em conformidade com interesse de terceiros.
Na parte final do vídeo, o áudio pode ter sido gravado em outro momento e acrescentado
posteriormente. Há que se fazer uma perícia por profissionais qualificados para
comprovar a veracidade do vídeo, que JAMAIS poderia ser dada como clara.
De outro modo, quando em nota o
candidato Edivaldo Holanda Jr, afirma, "desafiamos o Sr. João Castelo a
apresentar um único ato de violência que foi praticado por essa suposta
milícia" dá a entender que milícia deve ser considerada apenas na acepção
negativa do termo, grupo de militares que praticam violência, o que na
realidade não deve chegar a tanto.
Do exposto, dois pontos devem ser
analisados:
- Vemos de que lado o principal
grupo de comunicação do Estado se colocou;
- Mesmo que o vídeo seja uma
montagem é preciso que seja aberta uma investigação ampla para saber o que se
pretendia com Comitê dos Militares e quais as ações que pretendiam realizar
durante as eleições deste domingo; Entretanto, é necessário que a investigação
seja feita por forças federais, pois a polícia do nosso estado hoje não é
imparcial, pelo menos o seu comando.
Emerson Marinho
DRT: 1813