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12 agosto 2010

PAIS PODEM FICAR PROIBIDOS DE DAR PALMADAS EM CRIANÇAS

Vou utilizar parte do texto postado no blog Jornal Opção que traz o seguinte texto: Educação só na base da conversa. É o que estabelece o Projeto de Lei 2.654/03 da deputada federal Maria do Rosário, do PT do Rio Grande do Sul, que emenda o Estatuto da Criança e do Adolescente, estando na pauta da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Caso seja aprovado, os pais ficarão proibidos de dar uma simples palmada nos filhos, porque o projeto proíbe qualquer tipo de castigo, inclusive castigos moderados. 
Primeiro: o ECA faz 20 anos e até hoje poucas foram as conquistas obtidas. Ele é pouco compreendido ou mal interpretado pela maior parte da população. Dizem "o Estatuto veio para tirar a autoridade dos pais" na verdade ele veio garantir o direito das crianças e adolescentes que sofriam com maus tratos provocados pelos próprios pais ou responsáveis. Para nossa indignação muitos casos ainda são apresentados na mídia de agressões a esses seres indefesos mostrando a fragilidade da lei, ou melhor, revelando que o Estatuto não é cumprido em sua totalidade. Não acredito que o ECA precise de emendas, ele precisa é ser respeitado e os direitos das crianças e adolescentes assegurados pelo Estado, mas não da forma que estão pretendendo. 
Segundo: Não concordo com a lei que proíbe a palmada ou qualquer outro tipo de castigo desde que se preserve a integridade física da criança. Não concordo com agressões e abusos manifestos nos mais diversos casos apresentados na mídia. Agora justifico porque não concordo com a "nova lei": quem nunca sofreu uma punição por ter aprontado em sua meninice? Quem nunca foi castigado na escola por ter brigado com o coleguinha? Pelo menos no meu caso aprendi que não deveria repetir tal ato, como dizem "foi um santo remédio", confesso, não fiquei traumatizado e nem cresci revoltado, e isso não prejudicou o meu caráter, ou minha personalidade, até os moldou, naquela época já tinha a consciência que aquilo era necessário para que conhecesse os meus limites.
Penso no ser humano como animais de laboratório (me perdoem a infeliz comparação, mas é necessária), eles são submetidos a testes com choques elétricos para compreenderem que não devem seguir por este caminho e sim por aquele. É claro que não devemos agir como eles, mas ainda nos encontramos em uma fase evolutiva.
Quando se afirma "educação só na base da conversa", pergunto, por que não há re-socialização dos jovens em conflito com a lei? Por que se usa de violência velada contra esses jovens? Se a resposta for: Pela escassez de profissionais ou pela falta de atenção e investimentos do poder público, eu digo: se nem eles mesmos, que fazem a lei, a obedecem, como obrigar a pais, muitas vezes despreparados para essa importante missão que é a de ser progenitor de um novo ser, a agirem de forma diferente? Muitos deles nunca foram educados ou sabem como educar com diálogo. Não podemos exigir algo que não demos, não podemos enfiar pela goela abaixo um tipo de educação que nem o próprio governo adota, essa é uma política meramente contemplantiva. 
Acredito que os nossos governantes estão interferindo demais no seio familiar. Existem casos de violência contra crianças? Sim, há. Mas são casos isolados, estão longe de serem regras. Contra esses casos se deveria empregar medidas mais duras, mais enérgicas, mas jamais generalizar.
Se pararmos para ver a realidade que nos cerca, vamos perceber que os nossos jovens estão cada vez mais cedo entrando no mundo do crime. Uma das razões é a desestruturação familiar, ainda não aprendemos a conviver com uma realidade em que pai e mãe saem para trabalhar e a educação fica a cargo da televisão, ou dos colegas mais velhos da escola ou das ruas. Ou ainda, de uma família formada só por um dos pais, sem referencia paterna ou materna. 
E qual a atitude do Governo para contornar este grave problema social que já está dentro de nossas casas? Joga o problema para dentro ainda mais de casa, tirando a autoridade dos pais? 
Baseado em que falo dessa perda de autoridade dos pais? As nossas crianças, nascidas no âmago das novas tecnologias, tem a seu alcance os mais distintos meios de comunicação e estão cada vez mais inteligentes, ou melhor, mais informados; já ouvi vários relatos de filhos que afirmaram que se o pai lhe der uma palmada vai ligar para a polícia, estou falando de crianças com menos de 7 anos, vejamos o absurdo!
Condeno qualquer tipo de violência fútil, banal, abusiva e sem propósito, mas uma palmada não vai matar ninguém, pelo contrário, vai mostrar quem tem autoridade. Concordo que esta deve ser a última, das últimas atitudes que um pai ou uma mãe deve levar a termo contra um filho.
Jamais pensaria em levantar a mão contra um filho, ou contra uma criança qualquer. Acredito que se pode resolver qualquer caso com diálogo. Essa é a minha educação, mas não podemos interferir de forma drástica na educação de quem não teve educação. O correto seria instituir políticas de educação familiar para que se educasse a pais e filhos para resolverem os seus problemas sem violência, e não se igualar àqueles que cometem o crime: punindo a quem puni. (Emerson Marinho)