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12 dezembro 2012

HACKER DIZ TER FRAUDADO ELEIÇÕES NO BRASIL SEM INVADIR URNA ELETRÔNICA


A urna eletrônica é objeto de polêmica no Brasil: muitos especialistas dizem que ela é passível de fraude. Mas parece que ela não é o único problema: um hacker, aparentemente vivendo sob proteção policial, diz ter fraudado o resultado de eleições este ano – e sem invadir qualquer urna eletrônica.
No seminário “A urna eletrônica é confiável?”, realizado no Rio de Janeiro por institutos ligados ao PR e PDT, o hacker Rangel afirmou que teve acesso ilegal à intranet da Justiça Eleitoral no RJ, e que modificou resultados para beneficiar candidatos da Região dos Lagos. Um dos beneficiados seria o deputado Paulo Melo (PMDB), atual presidente da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj).
Rangel, de 19 anos, ainda disse que não atuava sozinho: ele fazia parte de um pequeno grupo que alterava resultados antes de serem enviados ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Como? Tendo acesso privilegiado à rede da Oi, que fornece a infraestrutura para a Justiça Eleitoral do RJ. Eis o que ele diz:
"A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada."
As acusações são mesmo reais? Bem, Rangel disse que já prestou depoimento na Polícia Federal, mas ainda não vimos nenhuma declaração pública a respeito. Por isso, a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR) prometeu investigar mais o assunto; enquanto Fernando Peregrino (PR), que organizou o seminário, diz que vai levar a denúncia “às últimas consequências”.
Além da rede, as próprias urnas eletrônicas são rodeadas por certa desconfiança: o voto é apenas digitalizado, o que aumenta o potencial de fraudes; não há auditoria independente dos votos; e ela pode ser invadida com as ferramentas certas. Alternativas não faltam: em outros países, ou o voto é impresso (além de ser digitalizado), ou ele é associado a um código que você pode usar depois para checar seu voto após as eleições.
Se for confirmada, a invasão à rede da Justiça Eleitoral será, para ela, mais uma dor de cabeça. Caso haja mesmo fragilidades em sua rede – que ela garante ser segura – teremos que reavaliar a forma como votamos no Brasil.

FONTE: MSN TECNOLOGIA

31 outubro 2012

O ENGODO DOS DISCURSOS DAS COTAS RACIAIS


O discurso ontológico de que as cotas servem para corrigir distorções históricas causadas por décadas de escravidão e discriminação com os negros no nosso país traz consigo uma série de imbricações que este ano começam a surgir após a adoção do sistema de cotas raciais pelas instituições federais por determinação do governo federal. A lei, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, prevê que todas as universidades e institutos federais do país reservem 50% das vagas para alunos que tenham feito todo o ensino médio na rede pública. Desse total, metade será destinada a quem tem renda familiar de até 1,5 salário mínimo por pessoa. E dentro desse universo de vagas destinadas a estudantes de escolas públicas serão aplicados os critérios raciais.

Mais uma vez, volta também, os velhos discursos dos anticotistas que afirmam que é uma forma velada de sectarismo, de preconceito racial ao afirmar que os negros são incapazes de disputar com o outro universo.
O maior dos problemas é que o sistema de cotas foi compreendido apenas no sentido de que as cotas se destinam para quem se declara negro, e em se tratando de Brasil, um país de grande miscigenação, não é fácil qualquer um alegar que por suas veias corre sangue dos negros. O que já foi um problema para diversas instituições, inclusive a UFMA que teve que responder à justiça pelos critérios utilizados pela instituição para determinar a “negritude” deste aluno em detrimento de outro. No caso a família entrou na justiça, pois foi classificado um irmão gêmeo como negro, enquanto o outro não.

Outro grave problema das cotas é prejudicar a qualidade, o nível dos cursos e por consequência dos profissionais formados pelas instituições de ensino, pois as instituições federais são obrigadas a aprovar os estudantes, mesmo que não estejam habilitados, que tenham conhecimento para compreender as disciplinas apresentadas durante o curso, ou que acompanhem os assuntos dispostos, o que leva os professores a reduzir a qualidade do curso para que todos acompanhem, prejudicando os mais qualificados, ou avançar com o assunto prejudicando o aprendizado dos cotistas. E afirmar que os professores não precisariam reduzir a qualidade do ensino, pois os alunos aplicados se desdobrariam para acompanhar o assunto é afirmar que os mesmos seriam capazes de se esforçar para serem aprovados na prova universal. Outro problema é que para alguns cursos, como direito e medicina, no caso dos cursos superiores, os estudantes teriam que adquirir livros e/ou equipamentos, muitas vezes muito caros, e que os cotistas não teriam condições de comprar. Fica uma indagação e ao mesmo tempo uma sugestão, o governo não deveria assumir, também, esse ônus?

Talvez a solução fosse determinar que as universidades públicas fossem destinadas a quem cursou ensino público por toda a vida acadêmica, enquanto as faculdades e universidades particulares se destinariam aos estudantes de ensino particular. Mas entraríamos em outro grave problema que já começa a despontar no ensino brasileiro, o sucateamento do ensino público superior em detrimento da valorização do ensino particular, como já acontece com o ensino fundamental. Entretanto fico com o feijão com o arroz, a valorização do ensino fundamental, com o investimento tanto no ensino/aprendizado como nos professores. Os apoiadores das cotas, até alegam que essa seria uma solução a longo prazo, é verdade, mas quando o governo assume adotar as cotas abdica de investir no ensino público, acreditando que o povo se contentará com essa medida paliativa.

Emerson Marinho
DRT: 1813

24 outubro 2012

O QUE NINGUÉM FALOU SOBRE O DEBATE DA MIRANTE AM


Após o debate realizado na manhã desta terça-feira, 23, entre os candidatos a prefeito de São Luís em segundo turno, Edivaldo Holanda Jr. e João Castelo, promovido pela Rádio Mirante Am e mediado pelo jornalista Roberto Fernandes, muitos comentários foram feitos apontando críticas aos dois candidatos pelo nível do debate aonde procuraram mais fazer acusações do que apresentar propostas.
No entanto, o que ninguém falou é que a principal culpada pelo desastre do debate foi a própria Mirante com o seu “modelo” pouco “convencional”, “criativo” e funcional.
De acordo com a especialista em Comunicação Social e pesquisadora na Universidade Nova de Lisboa, Janaína Leite, na obra "Os presidenciáveis no ringue eletrônico" em um debate verdadeiro deve haver “(1) um confronto, (2) em tempo igual e adequado, (3) entre opositores de mesmo nível, (4) com temática pré-definida e declarada (5), para conquistar a audiência”.
Os organizadores do debate cometeram um grande equívoco (quiçá não tenha sido opcional, o que não duvido) quando não direcionaram as perguntas dos candidatos para que houvesse um “debate” de nível, pelo contrário foi montado um ringue aonde os candidatos foram jogados como gladiadores, como era feito na Roma Antiga aonde os cristãos eram jogados aos leões, e salve-se quem puder.
No início foi dado tempo para as declarações de aberturas dos dois candidatos com uma indagação bem oportuna “porque você quer ser prefeito de São Luís? O que coube a cada um responder como bem lhe aprouvesse. Em seguida foi aberto espaço para que os dois candidatos fizessem perguntas com tema livre entre si, o que foi repetido no terceiro bloco. Aqui aconteceu o grande problema do Debate, tanto que o Castelo trouxe recorrentes vezes a indagação sobre o vídeo que circulava pela internet e que foi divulgado pelo programa de tv, no dia anterior, e fugiram ao objetivo do evento que era apresentar e avaliar as propostas de melhoria da cidade para os próximos quatro anos. O resultado foram agressões mútuas que acabou sobrando para os familiares.
No entanto, houveram dois momentos importantes no debate, e talvez os únicos, para quem esperava um debate de alto nível, quando no segundo e quarto blocos os internautas fizeram perguntas com temas pré-selecionados.

Emerson Marinho
DRT: 1813

23 outubro 2012

O POVO PERDEU COM O DEBATE DA MIRANTE


Quem se ligou na Rádio Mirante Am, ou no portal Imirante para acompanhar o debate entre os dois candidatos aspirantes ao cargo de prefeito de São Luís, e suas propostas para os próximos 4 anos, viu um festival de baixarias e acusações.

Nos dois primeiros minutos em que cada candidato tinha para apresentar as razões pelas quais merecia ser prefeito, Castelo trouxe as obras realizadas quando ele foi governador do estado, como se essas fossem presentes ao povo e não obrigação da sua gestão. Edivaldo volta ao seu discurso de sempre que vai fazer um governo de diálogo.

Em seguida, Castelo aproveitou o espaço para trazer à tona o vídeo que circula pela internet e reproduzido ontem no seu horário eleitoral gratuito da tv aonde sugere a criação de uma milícia de militares e bombeiros, por parte do Edivaldo, para combater o governo Castelo. Edivaldo se defendeu, como fez em nota apresentada ontem mesmo nos meios de comunicação e internet, alegando que foi montagem com o intuito de prejudicar a sua imagem, e sua campanha, atitude desesperada de quem está perdendo nas pesquisas. Ele justiçou sua presença no encontro, afirmando que se reuniu com os militares e seus familiares para apresentar suas propostas e em seguida saiu do local.

Edivaldo acusou Castelo de não saber gerir a prefeitura e que ao longo dos últimos 4 anos a cidade ficou abandonada e se ele não fez quase nada durante esse tempo, não vai fazer com mais uma gestão.

O debate girou em torno da educação e saúde, principalmente dos recursos do governo Federal que foram devolvidos por não terem sido utilizados em nossa cidade pela prefeitura municipal. Castelo se mostrou muito nervoso desde o início buscando atacar o Edivaldo e esperando que ele perdesse a compostura ou a tranquilidade como aconteceu no debate realizado pela Tv Mirante no primeiro turno.

Os dois se acusaram de mentirosos todo o tempo buscando mais confundir os eleitores do que esclarecer as acusações feitas pelo adversário.

Quem esperava que o Castelo fosse defender o VLT como carro chefe de sua campanha como fez no primeiro turno, viu que ele fez apenas duas referências e como se quisesse escondê-lo, pois foi o grande responsável pela perda de muitos votos no primeiro turno.Os momentos mais produtivos foram proporcionados pelas indagações feitas pelos internautas, quando os candidatos tentaram apresentar propostas, mas ainda assim encontravam oportunidade de agredir o adversário.

O descontrole do Castelo foi tão grande que próximo ao final do debate, chama Edivaldo e seus correligionários de “comunistas e subversivos”, trazendo à tona os discursos utilizados durante a ditadura militar.

SALDO DE DEBATE
Todos saíram perdendo. Edivaldo, por ter que abandonar o seu discurso de campanha de não agredir o seu adversário, tendo que trazer até mesmo familiares do Castelo para o debate. Castelo, por se mostrar despreparado e nervoso para o debate e se fixado apenas no vídeo e acusações a Edivaldo. O povo, por ter perdido o seu tempo quando esperava ouvir propostas e não uma discussão de comadres que beirou o ridículo. 

Emerson Marinho 
DRT: 1813

22 outubro 2012

PRECIPITADA AFIRMAÇÃO DO SECRETÁRIO ADJUNTO


A última semana para o 2º turno das eleições municipais em São Luís é marcada por um clima tenso. De um lado, o atual prefeito, João Castelo, tem tido problemas com a sua campanha o que tem potencializado seus ataques ao adversário e sua família sem que isso tenha se revertido em mudança dos números das pesquisas de intenções de votos apresentados pelos institutos, que mantém a diferença entre os dois.
A sede pelo poder tem trazido à tona táticas de guerrilha, de lado a lado.
Do lado do Castelo as criticas se intensificam trazendo a religião para o campo da disputa política, por ser o seu adversário, evangélico. Edivaldo aparece junto com seu grupo em vídeo conclamando militares e bombeiros a formar o Comitê dos Militares para 2012. Em determinado trecho do vídeo é possível ouvir: É PIOR QUE O GRUPO QUE MATOU BIN LADEN.
É clara a necessidade de se trazer Forças Federais para o pleito que se aproxima, não só para evitar abusos de poder, mas também fraudes e a possível violência entre os partidários de parte a parte que pretendem ganhar o poder custe o que custar.
Sobre o vídeo que circula pela internet, me permito discordar do secretário adjunto de Segurança Pública, Laércio Costa, quando afirma que “a veracidade do vídeo é clara”. Como profissional de comunicação com experiência em edição de áudio e vídeo, vejo que o vídeo PODE se tratar claramente de uma montagem, ou mesmo fruto de edição. O inicio do vídeo mostra-se muito picotado, fruto de vários cortes, que pode decorrer de várias “paradas” durante a gravação ou de vários cortes na edição o que se caracteriza montagem, pois o conteúdo pode ser manipulado em conformidade com interesse de terceiros. Na parte final do vídeo, o áudio pode ter sido gravado em outro momento e acrescentado posteriormente. Há que se fazer uma perícia por profissionais qualificados para comprovar a veracidade do vídeo, que JAMAIS poderia ser dada como clara.
De outro modo, quando em nota o candidato Edivaldo Holanda Jr, afirma, "desafiamos o Sr. João Castelo a apresentar um único ato de violência que foi praticado por essa suposta milícia" dá a entender que milícia deve ser considerada apenas na acepção negativa do termo, grupo de militares que praticam violência, o que na realidade não deve chegar a tanto.
Do exposto, dois pontos devem ser analisados:
- Vemos de que lado o principal grupo de comunicação do Estado se colocou;
- Mesmo que o vídeo seja uma montagem é preciso que seja aberta uma investigação ampla para saber o que se pretendia com Comitê dos Militares e quais as ações que pretendiam realizar durante as eleições deste domingo; Entretanto, é necessário que a investigação seja feita por forças federais, pois a polícia do nosso estado hoje não é imparcial, pelo menos o seu comando.

Emerson Marinho
DRT: 1813

16 outubro 2012

ELISIANE: PARA O CÉU OU PARA O INFERNO


Após a divulgação do comunicado de ex-candidata ao cargo de prefeita de São Luís, Elisiane Gama, de que estará neutra no segundo turno, houve uma enxurrada de declarações de apoio à atitude tomada por ela, como declarações contrárias.
O que vejo é o desespero dos dois candidatos e seus apoiadores por não ter a presença da Elisiane em seus palanques. Quando colocada de frente com os outros candidatos no debate produzido e transmitido pela Mirante, ela mostrou mais desenvoltura retórica e segurança em suas afirmações que todos os outros candidatos: que o Edivaldo com um discurso decorado e repetitivo;  o João Castelo com toda a sua “ixpiriência”; e até mesmo o Haroldo Sabóia, que descobriu uma gagueira depois de décadas de política. Consegui ver, como muitos ludovicenses, uma mulher que demonstrou ter fibra capaz de ir de encontro ao sistema e se manter à margem de interesses partidários. Elisiane mostrou que tem muito mais potencial que o Edivaldo Holanda que sempre me pareceu inseguro sendo fantoche do seu pai, que tem vasta experiência na política local. Entretanto foi muito bem representado pelos apoios políticos e empresariais, mas que vai interferir em sua governança, que por mais bem intencionado que esteja, estará comprometido pelos acordos agora firmados. Nós já vimos esse filme com o Lula e seus partidários que hoje figuram no noticiário nacional com o escândalo do Mensalão, tendo livrado o seu chefe maior para evitar com que todo o Sistema, montado e mantido por tantos anos, não acabe se implodindo e atingindo a gregos e troianos.
Sei também que a atitude da Elisiane pode ser fruto de atitude menos nobre, como a mágoa por não ter sido apoiada pelo Flávio Dino e grande parte da oposição, por ter sido preterida por conta de sua pouca experiência política ou manejo das politicagens existentes no nosso Estado, mas ainda assim é preciso ter coragem para romper com todo os esquemas imbricados em nossa política e acreditar que pode se sair ilesa.
Concordo que a atitude da candidata é uma faca de dois gumes, que pode ser vista como prepotente, mas também de ser considerada como coerente com os princípios defendidos desde o início da campanha. Mas como sabemos que o que vale na política são os acordos e as negociatas, Elisiane pode ter dado um tiro no pé na carreira política, mas com certeza deu um passo enorme em sua dignidade.

EMERSON MARINHO
DRT- 1813

14 outubro 2012

CASTELO SAI NA FRENTE NA PROPAGANDA ELEITORAL GRATUITA


Essa semana começou o horário eleitoral gratuito no seu segundo turno. Durante 20 minutos, 10 para cada candidato, eles apresentarão as suas propostas de campanha. O Edivaldo Holanda Jr no primeiro turno fez questão de afirmar em quase todos os seus programas que não usaria de baixaria, fazendo críticas aos adversários; ele fez uso do seu tempo para apresentar propostas e se defender das críticas feitas pelos adversários. As críticas ao seu principal adversário ficaram a cargo dos outros candidatos, dentre eles o Ednaldo Neves e ao Haroldo Sabóia que durante o debate utilizado pela Tv Mirante, distribuiu críticas aos principais candidatos à disputa, João Castelo e ao próprio Edivaldo Holanda Jr.
Já o atual prefeito, no primeiro turno, ficou sob fogo cruzado, tendo de se defender das críticas e acusações dos outros candidatos, ao mesmo tempo que partia para o ataque ao seu principal concorrente. No segundo turno o cenário que se afigura é semelhante ao primeiro, entretanto, Castelo tem a vantagem de não sofrer críticas à sua administração ou à sua inércia como administrador. De outra feita, ele apresenta várias obras realizada por ele em São Luís quando foi indicado como prefeito biônico no final da década de 70, e agora como prefeito municipal fazendo uso dos recursos federais.
No meu ponto de vista, Edivaldo deveria repensar a sua estratégia, afinal ele não tem obras a serem apresentadas por nunca ter assumido um cargo no executivo, o que leva os eleitores a pensar que só o Castelo fez e pode fazer por nossa cidade. E como diz o jargão esportivo, a melhor defesa é o ataque, e o Castelo sai na desvantagem, afinal é um dos piores governos que São Luís já teve a infelicidade de ter.
Ainda assim, o Edivaldo tem larga vantagem que só aumenta quando vários partidos e políticos se aliam à sua campanha.

Emerson Marinho
DRT - 1813 

13 outubro 2012

MURAD DÁ BOM EXEMPLO A POLÍTICOS


E se a graça pega?

O Secretário Estadual de Saúde do Estado, Ricardo Murad, surpreendeu a todos nesta sexta-feira, 12, tomando banho junto com as netas, Paola e Giovana na praia do Calhau na região da Avenida Litorânea. A iniciativa teve a intenção de mostrar aos ludovicenses que as praias de São Luís, que há cerca de quatro meses foram consideradas impróprias para banho, hoje já estão despoluídas e liberadas para banho. Pelo menos é que o secretário e o Labor -Laboratório Central do Estado do Maranhão (Lacen) quer que acreditemos. Após análises feitas pelo Lacen com o apoio da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb), as praias passaram de impróprias para liberadas para banho em apenas 4 meses sem que tenha sido tomada nenhuma iniciativa no sentido de evitar com que os dejetos e esgotos continuem a ser jogados em nossas praias.
Mas ainda assim, louvo a atitude do Secretário que sujeita a sua saúde e de suas netas para provar aquilo que quer que acreditemos. Do mesmo modo, gostaria que ele, como secretário de saúde, assim como a governadora e os outros secretários, e o prefeito e seu secretariado fizessem uso do serviço público para provar que são passíveis de ser usados por qualquer um até mesmo por eles próprios. Assim, sou a favor de que os nossos hospitais, prontos-socorros, Upas, etc., enfim, o serviço público como um todo seja usado por quem é responsável por fazer todas as melhorias e instalo da forma em que atenda às nossas necessidades.
Por exemplo, gostaria de ver a governadora, o prefeito, ou mesmo o Ricardo Murad, que responde à pasta da Saúde do Estado, serem atendidos nos nossos hospitais e não no Sírio Libanês, afinal o dinheiro que usam é público, é nosso. Mas esse desejo, temos certeza, é só uma quimera.

Emerson Marinho
DRT - 1813 

10 setembro 2012

O BRASIL ESTÁ UM LIXO!


Esta semana ouvi uma conversa entre minha irmã e minha sobrinha enquanto a primeira ajudava nas atividades escolares da segunda. Ouvi, meio de soslaio, uma breve narração histórica da Independência do Brasil, desde o Dia do Fico, celebrado no dia 09 de janeiro de 1822, ao grito de Independência dado no dia 7 de abril do mesmo ano. A mais jovem, de apenas 11 anos de idade, após ouvir a narrativa concluiu: “não sei por que brigavam pelo Brasil, o nosso país está um lixo”. 

Aquele comentário me incomodou, e mais que incomodar me levou à reflexão. Como é que os jovens são o futuro do Brasil, se eles mesmos não acreditam no país? 

Indo mais a fundo em minhas reflexões passei a tentar compreender porque ela pensava assim, e não só ela, mas a nossa juventude. Concluí que isso é graças a milhares de informações que recebemos todos os dias, em rádios, jornais, tv e internet relatando a falta de compostura, de ética, de desvios de personalidade de nossos governantes, daqueles que outorgamos, por meio do voto, o direito de nos representar. Os mensalões, o dinheiro sujo de jogos ilegais, dinheiro na meia, na cueca, ou oriundos de propinas que tem pedidos de bênçãos por meio de orações grupais... são as notícias que nos fazem deixar de crer que ainda há gente honesta nesse país, ou que o futuro será diferente. 

Mas ainda tem fatos que nos revoltam sobremaneira, discussões acaloradas no Congresso Nacional para decidir se 1 real de aumento do salário mínimo não irá quebrar a Previdência Social, enquanto os dividendos dos nobres políticos, já são avultantes, são aumentados em quase 200% por cento na calada da noite de uma hora para outra sem qualquer questionamento. Ou então, a rotina de um trabalhador braçal que tem que acordar cedo, pegar duas, três conduções diárias para chegar ao trabalho, se desdobrar em dois para continuar construindo o nosso país em longas 8h, 9h diárias, por vezes, 6 dias na semana e no final do mês receber míseros R$ 622,00, enquanto um presidiário recebe auxílio reclusão no valor de R$ 915,05, para muitos, um incentivo à criminalidade. Ou saber que para cada obra construída com recursos públicos, um terço é desviado pelos gestores, esse rombo nas contas públicas que daria para pagar um salário digno aos brasileiros, quando descoberto, nunca retorna ao erário público e ninguém é responsabilizado. 

Como crer que o país é uma nação que dará certo quando aqueles que nos representam, que são os selecionados, os escolhidos, em tese, por serem exemplo, por serem modelo, já vieram com defeito de fábrica? Já tem no sangue que corre em suas veias o vírus da esperteza, da corrupção, do egoísmo exacerbado, da falta de ética e de compromisso com os bens públicos? 

Continuando a conversa citada no início desta narrativa, minha irmã tenta de forma tímida, certa defesa à nossa pátria, dizendo que naquela época o Brasil era bastante “desejado” por outros países, principalmente por Portugal, de quem era colônia de exploração. De imediato me veio a imagem de um verdadeiro brasileiro, D. Pedro I, claro, brasileiro de coração, pois mais que muitos brasileiros, lidou com ameaças revolucionárias e insubordinação das tropas portuguesas ficando contra a sua pátria mãe e se colocando ao lado do Brasil, dos brasileiros. Quem sabe até mesmo os caras pintadas, que mesmo sendo massa de manobra, saíram às ruas porque acreditavam em um país diferente. 

O que vemos hoje é um país de povo apático, subjugado ao julgo dos poderosos da mídia, do poder econômico e social, que se contentam com tão pouco, mas que se acham espertos quando deixam de devolver o troco quando foi passado a mais; quando fazem gambiarras para furtar água ou energia; sonegar impostos; ou trocar o voto por cesta básica, um calçado, ou uma dentadura. 

O Brasil é um país, é um pedaço do paraíso que não deu certo, pelo menos é isso que querem que acreditemos. 

Mesmo não tendo uma justa divisão de renda, temos a 6ª economia do mundo, tanto que a crise econômica que abalou o mundo no final dá última década e início desta, não promoveu grandes problemas por aqui; temos um dos modelos de saúde pública mais modernos do mundo, apesar de ainda não funcionar a contento; temos um clima e solo extremamente favoráveis à agricultura e agropecuária, como já dizia Pero Vaz de Caminha, “aqui em se plantando, tudo dá”, um local propício ao comércio, tanto que muitas indústrias estão se instalando no país, etc., etc., etc. O Brasil é um país próspero, mas mal administrado. 

Admiro o patriotismo de nações como os Estados Unidos que incentivam o patriotismo, não só esporte, mas também na política, na economia, em seus heróis, em suas manifestações culturais. 

O nosso Brasil é o país do luxo, do futuro, da prosperidade, da esperança, mas a nossa visão turvada, que transforma ao inverso o que vemos, o muda em lixo e nos cega das belezas e riquezas naturais e transforma o povo ordeiro, honesto, trabalhador em Carlinhos, Sarneys, Lulas e tantos outros que nos tiram o orgulho de filhos desta terra varonil. 

O nosso país hoje não é mais visto lá fora como o país da impunidade, da prostituição, e de refúgio de bandidos, podemos ver isso nas telas do cinema, ou nos periódicos internacionais, é admirado pelos estrangeiros, mas essa admiração não chega aos brasileiros que insistem em pensar que o nosso país não é o país do futuro e que bom mesmo é a casa do vizinho. 


EMERSON MARINHO 
Radialista Profissional 
DRT: 1813

23 junho 2012

O BRASIL OFERECE 10 BILHÕES DE DÓLARES PARA AJUDAR NA CRISE DA EUROPA


O Brasil propôs que países do Brics (países emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) disponibilizem bilhões de dólares em recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para aliviar a crise na zona do euro. De início essa informação pode parecer absurda quando pensamos nas necessidades do nosso povo brasileiro. Na verdade esse montante de recurso viria a ajudar os países que investem gordos recursos no nosso país, países que financiam empresas que geram milhares de empregos no Brasil. Além disso, com esse empréstimo ganharíamos mais credibilidade e passaríamos a ter poder de sentar na mesa de negociação de assuntos de caráter global... Pelo menos é isso o que querem que nós engulamos.
De fato, a verdade pode ser visto sob vários ângulos, mas no ponto de vista das milhares de pessoas que passam fome todos os dias no Brasil, que precisam de assistência médica, de saneamento básico, de educação, de segurança, etc., etc. isso não passa de brincadeira de mal gosto.
É difícil compreender que um país que tem reservas internacionais, tem problemas básicos de saúde: é recorrente as matérias noticiadas pelos telejornais e jornais impressos de falta de atendimento em hospitais públicos, pessoas que passam horas na fila para conseguir atendimento ou esperar meses para realizar um exame; falta de vagas para internação, médicos que cometem erros pelo excesso de trabalho, e reclamam pela baixa remuneração.
É um absurdo pensarmos que vamos investir bilhões de dólares quando temos problema com a falta de seguranças, como policiais mal remunerados e mal equipados. E por falar em mal remuneração, isso é um problema que aflige a todas as classes. Isso pode ser sentido com as inúmeras greves que acontecem todos os anos.
Temos greves de metroviários; de rodoviários; de médicos; de professores municipais, estaduais e federais de policiais; de metalúrgicos; correio; etc., enquanto milhares e milhares de recursos são desviados todos os meses por políticos desonestos em negócios escusos, em desvios de milhares de recursos do erário público das prefeituras nos interiores desse nosso país. E enquanto uma categoria requer um reajuste de 17 % em seus vencimentos, se oferece em contrapartida, 1,5%, 2%, a justificativa é que o governo não tem recurso para pagar os trabalhadores como deveria.
Ou passamos o Brasil a limpo, ou toda a sujeira jogada embaixo do tapete irá nos soterrar com uma enxurrada de lama criada pelos nossos líderes postos no poder por confiarmos que iriam nos representar como merecemos.

26 maio 2012

XUXA: UMA TENTATIVA DE APAGAR O PASSADO?

Uma análise do texto da Cristiane Segatto: Xuxa e a doença do coração de pedra. Postado aqui.

O texto da Cristiane traz lampejos de lucidez e muitas vezes cai em profunda escuridão de conhecimento e preconceito. Dizer que a Tv está mais pudica é de uma inocência que beira ao absurdo. Se antes a nudez na tv era mais evidente, hoje a sexualidade é exacerbada. As nossas crianças estão cada dia mais prematuras, vejo que pelas histórias e cenas de sexo, quase explicito, que são veiculadas a qualquer hora do dia nas telenovelas fazendo com que milhares de crianças tenham suas primeiras experiências sexuais antes dos 10 anos de idade (experiências consentidas, sem justificar os casos de pedofilia e abusos sexuais que são crimes, abusos de incapaz). Não podemos esquecer dos programas em canal aberto que exploram a nudez (Pânico, Legendários, etc.) e que estão “livres” para todas as idades, repetindo as práticas recorrentes dos programas dos anos 80.
A censura que os meios de comunicação colocam na sua programação não passa de piada de mau gosto. Qual é o pai, ou mãe que proíbe os filhos de assistir tal programa por ter uma classificação para menores? Qual é a forma de controle, de orientação ou punição para os pais que desobedecem a essas regras? Não que eu seja a favor de qualquer tipo de retaliação ou controle aos pais, mas é para tomarmos ciência de vivemos num país de demagogias. Demagogias aonde o governo finge preocupação com o povo e do outro lado o povo que finge que o governo se preocupa com ele.
Quando ela critica os instruídos (acredito que a alguns) não os vejo como preconceituosos, mas como lúcidos a uma triste realidade, a uma realidade distorcida pelo sistema capitalista, muitas vezes pela própria mídia (ou os media), que fazem a grande massa almejar por uma realidade próspera, semelhante às das personagens das nossas telenovelas, que se inspiram, que buscam se reconhecer na trama a parecer com os personagens mais populares (digo, ricos e famosos). Não é insensibilidade o que se lê nas redes sociais (“verdades” ditas pelos mais “instruídos”), mas uma constatação de que ela representou, no passado, o símbolo do emburrecimento das nossas crianças e adolescentes e hoje busca mudar essa imagem negativa que perdura e vai perdurar na mente dos mais velhos por muitos e muitos anos.
A repercussão dada à entrevista da Xuxa é mais um exemplo da tentativa de apropriação da massa à vida dos ricos e famosos. Esquecemos das milhares de crianças que são abusadas todos os dias, que passaram por violências infinitamente maiores que as dela; que chegaram a engravidar sendo obrigadas a criar o filho por serem proibidas pela igreja a praticar aborto alegando que são a favor da vida (e quem é a favor da vida dessas crianças que tiveram a sua infância interrompida e tem que passar a cuidar de outra criança ainda sendo crianças?); que tiveram os seus sonhos ceifados e o seu futuro renegado a uma vida de limitações; ou que são obrigadas pelos pais a se prostituírem desde muito cedo em troca de alguns trocados; ou que se vendem por algumas pedras de crack; ou dos traumas psicológicos que irão perdurar para a vida inteira dessas crianças e que irão interferir nas escolhas desses cidadãos brasileiros.
Não sou insensível ao sofrimento da Xuxa, é muito triste o que aconteceu com ela, só coloco na balança o tamanho do sofrimento de lado a lado, e como se deu repercussão a um e a outro já parece banal. Os questionamentos que ora faço, não tem nada a ver com o lado pessoal da apresentadora, mas ao que ela representou profissionalmente de negativo para a nossa sociedade e as nossas crianças.

14 maio 2012

O ENDEUSAMENTO DA IMPRENSA PELA IMPRENSA

Não é de hoje que muitos teóricos qualificam a imprensa de 4º Poder, outros lhe dão o título de 1º Poder e são várias as justificativas que não cabe aqui enumerá-las. Mas se justifica afirmar que muito se dá pelo poder que tem a mídia de, muito além de informar, manipular a opinião a ponto de ditar regras de comportamento e influenciar as escolhas da sociedade. Quem não lembra da eleição do ex-presidente Collor e do posterior processo de impugnação de mandato, Impeachment, que culminou com a renúncia do mesmo? Muitos comentaristas argumentam que a Globo foi determinante para a vitória do candidato, principalmente por conta da edição do último debate entre Collor e Lula que foi veiculado no Jornal Nacional que teria beneficiado o primeiro. Quanto ao impeachment, a própria sociedade é consciente para afirmar que a Globo foi determinante para o processo de impedimento e que os alardeados “caras-pintadas”, tidos como heróis nacionais, não passaram de massa de manobra daquela, que na época, era a principal emissora do país. 

Faço esse prólogo para entrar no assunto que hoje é pauta nos principais meios de comunicação oficial e nas mídias sociais, o caso da ligação entre um dos diretores da revista Veja e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Não vou entrar no mérito da questão se a revista tem credibilidade ou não, mesmo porque isso seria um dissenso da minha parte, falaria baseado no que ouço falarem, pois não sou leitor, assíduo, da revista e não teria autoridade para questionar o seu conteúdo. Nem tampouco iria nivelar por baixo todos os profissionais daquela instituição, jogando-os na mesma sarjeta profissionais sérios e sujeitos inescrupulosos. 

De início evoco a afirmação do deputado Federal, Fernando Ferro (PT-PE) dada à equipe de reportagem do Domingo Espetacular da Tv Record (Assista ao vídeo) que foi ao ar neste domingo (13/05): “Aqui no Brasil de repente se parece como se fosse coisa de outro mundo, um diretor de uma revista, ou o dono de um conglomerado desse ser chamado. Essa elite que fica numa blindagem, que não pode ser... O que que é isso? A democracia e a lei tem que valer pra todos”. 


Vou tomar apenas o início da “admiração” atribuída por ele à população brasileira, mas vou desvirtuar e levá-la para a própria imprensa, que parece estar surpresa com os casos de falta de ética de (alguns) profissionais da própria imprensa. Contrário à repercussão dada neste momento ao comportamento imoral do diretor da Veja, temos que ter a consciência de que há maus profissionais em todas as esferas e que na imprensa, não é diferente, está muito longe de termos só santos, e muito longe mesmo. 

Volto ao título deste post, o endeusamento da imprensa pela própria imprensa. 

As nossas editorias de jornais (televisivos, de jornais impressos, rádios, blogs, etc) são formadas por seres humanos que vivem num país com visão extremamente capitalista que prega a aquisição de bens e riquezas a qualquer custo, terreno fértil para a corrupção. O esquema que envolve o diretor da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, e o Carlinhos Cachoeira é apenas mais um exemplo de manipulação de informação por parte das mídias, e não falo apenas das oficiais, as mídias sociais também fazem uso deste recurso, podendo não ser objetivando recursos financeiros, mas benefícios ideológicos. Mas a questão posta em voga é estritamente a (falta de) ética no jornalismo. Assunto hoje tão discutido nos meios acadêmicos. 

Quem não conhece um jornalista que exerce sua função em rádio, revista, tv, site ou blog e é assessor de um político? Isso é ético? Como pode ser imparcial se ao mesmo tempo em que trabalha a imagem desse cidadão tem a obrigação de fiscalizar (como jornalista) a conduta desse mesmo sujeito? Além disso, essa prática é proibida pelo Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros que proíbe que, como repórter contratado de algum jornal, o jornalista escreva sobre o órgão em que também seja contratado como assessor (artigo 7.º, inciso VI), o que na prática não funciona. Quem não sabe que quase 100% dos meios de comunicação (oficial) são de propriedade de políticos ou de pessoas ligadas a eles, e que a editoria dessas mídias passam pela aprovação (ou desaprovação) dos seus proprietários? E que até mesmo as rádios, ditas comunitárias, estão a serviço de políticos? Quem trabalha em um meio de comunicação sabe que aquela famigerada pratica chamada censura ainda hoje existe um pouco mais floreada com o título de autocensura, mesmo para aqueles profissionais que se dizem sério e que buscam a todo custo ser éticos. 

O que reina na imprensa, infelizmente, é a hipocrisia; é um faz de conta; é a própria “Demagogia da Imprensa” que a prega como a injustiçada quando atacada, mas que se utiliza de seu poder e influencia para atacar quem não “reza na sua cartilha”, acusando, intimidando, ou chantageando, mesmo que de forma velada, mascarada. 

O corporativismo impede com que se crie um Conselho de Jornalismo, ou melhor, um Conselho de Imprensa que julgue os atos reprováveis e vergonhosos desses profissionais e os puna exemplarmente, da mesma forma que ocorre com outros Conselhos, como o de Medicina. Pois teme que seja cerceado o seu direito de falar o que quer que seja, quando quiser, a hora que quer, e de quem quer que seja. 

A imprensa cria, para a população e para si, a falsa ilusão de que os jornalistas não mentem, que são imparciais, que tem total preocupação com o interesse público, que são incorruptíveis, que obedecem as leis cegamente, mesmo quando essas leis são criadas para uma auto regulamentação, se colocam na condição de semideuses. Na verdade há muitos profissionais sérios, acredito que a grande maioria, que tenta fazer o seu trabalho isento cumprindo a função social de fiscalizar os poderes instituídos e a própria sociedade como um todo. Jornalistas que trabalham para responder as perguntas que todo cidadão tem o direito de fazer. Mas há uma parcela que funciona como uma maça podre que apodrece todas as outras, ou que denigrem ou maculam a imagem de toda uma classe. 

Assim, como disse o deputado Fernando Ferro, “a democracia e a lei tem que valer pra todos”, dos donos dos grandes conglomerados, como a todos os profissionais de comunicação, independente do tamanho da empresa que trabalhem. Se há que tirar a blindagem e tratar a todos como iguais, susceptíveis a erros, e que no caso da transgressão das leis ser julgado como a lei exige e punido como a justiça determinar.

10 maio 2012

PARLAMENTARES QUASE SAEM NO TAPA DENTRO DA CPMI DO CACHOEIRA

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e o senador Humberto Costa (PT-PE) quase sairam no tapa durante depoimento do delegado Matheus Rodrigues na CPMI do Cachoeira.Lorenzoni criticava a decisão do presidente da Comissão, Vital do Rêgo (PMDB-PB), de permitir a presença dos advogados dos acusados sem dar ciência aos demais integrantes da comissão.

O deputado disse que a reunião já estava virando um circo, quando foi interrompido por Costa.
Os dois começaram a bater boca e quase brigaram, fato que só não ocorreu porque foram contidos por colegas.
Segundo Lorenzoni, a confusão começou com a interrupção de Costa, ao dizer que a reunião já tinha virado um circo, porque o deputado era um “palhaço”.
Lorenzoni respondeu que o senador era um sanguessuga.
Humberto Costa negou que tenha chamado o deputado de palhaço.


POST DE TALES FARIAS COLUNISTA DO PODER ONLINE DO IG 


"Já começaram as manobras". Assim posso definir a tônica do que será essa CPMI do Cachoeira. Será muito bate boca, muitas acusações e indefinições. E isso tem uma explicação clara e razoável, há ainda muita gente para ser levada por essa "cachoeira" de corrupção, de desvios de verbas, etc, etc, etc. 
E mais, tem muito peixe grande que está tentando se salvar, como fazem algumas espécies de peixe na época da piracema, e orientam os seus apadrinhados políticos a tumultuar as reuniões para que não haja mais investigação, ou fazer com que a própria CPMI entre em descrédito para a população, justificando ser encerrada.

Palhaço
De fato o senador Humberto Costa não chamou o deputado Onyx Lorenzoni de palhaço, porque palhaços somos nós que assistimos de "camarote" os recursos destinados a atender as necessidades básicas da população escorrendo pelo ralo, indo desaguar no bolso de parlamentares e políticos que se dizem preocupados com os menos favorecidos economicamente, em forma de cachoeira (desculpem o trocadilho infeliz) e ainda sorrimos disso tudo, quase um exemplo de "sadomasoquismo", sofremos, mas aceitamos tal sofrimento, como se fosse natural.

Não se assustem se o destino do Cachoeira for o mesmo do jornalista e blogueiro, Décio Sá; do prefeito de Santo André, Celso Daniel, para não citar tantos outros que tiveram as suas vidas abreviadas e interrompidas por saberem demais, o clássico: queima de arquivo.

Deus queira que não, que eu esteja enganado, mas já sinto ao longe um cheiro de pizza, e das gigantes.

Emerson Marinho

05 maio 2012

ASSALTANTES ROUBAM CELULAR E SÃO ESPANCADOS POR MORADORES DO CENTRO

Assim que roubaram o telefone celular da estudante Teresa Cristina Pereira, na Rua dos Afogados, no Centro, os assaltantes Herbeth Gomes da Silva, "Beiço", e Maxwell Rocha da Costa, tentaram fugir em uma bicicleta. 

No entanto eles passaram a ser perseguidos por dezenas de pessoas que armadas com pedaços de paus e pedras. Os dois foram alcançados já nas proximidades da Quinta do Machado. Eles foram derrubados da bicicleta.

Neste momento começaram a ser espancados por várias pessoas. Durante a agressão, uma pessoa ligou para o Ciops e informou o que estava acontecendo. Minutos depois uma viatura da Policia Militar chegou ao local e encontrou Herbeth e Maxwell desacordados e bastante feridos em cima de uma calçada. 

Os dois foram socorridos e encaminhados para o Hospital Djalma Marques, o Socorrão I, onde receberam atendimento medico. Ainda no hospital, os policiais descobriram que Herbeth é fugitivo da Penitenciária de Pedrinhas, de onde havia sido na temporária da Semana Santa e não retornou ao presídio, conforme determina a lei. 

Pelas informações prestadas por moradores da área onde ocorreu o fato, é muito comum os assaltos praticados por homens em bicicletas. Em função dos ferimentos, os dois ficaram internados no Socorrão I.


Concordo com muito do que foi dito aqui (nos comentários do post). Com a Cláudia que diz que as dificuldades enfrentadas por falta de apoio do governo não justifica sair pelas ruas cometendo crime e com a Tol Gal, "a polícia sempre chega na hora errada"
Hoje é muito fácil passar a responsabilidade para outro. Discursos como: o governo não dá educação justa, o governo tem que pagar melhor os policiais, etc., etc., etc., faz-nos crer q é aceitável um menor sair roubando quem quer que seja, ou policiais cometendo crimes, pois o governo não deu oportunidade de emprego, ou paga mal os nossos militares. O governo tem a obrigação de vestir os nossos jovens com roupas e calçados de marca? De dá a eles objetos tecnológicos dos mais modernos? Pois quem já foi roubado sabe que eles preferem os mais caros e "maneiros", pois querem ostentar poder diante dos amigos. E se engana quem pensa que roubam para comprar comida, ou ajudar com as necessidades domésticas. Muitos roubam para sustentar o vício do álcool ou das drogas. Se engana também quem acha que os policiais "roubam" para dar melhores condições de ensino para seus filhos. 
O que justifica um policial cometer crimes? Por receber um salário insuficiente para suas necessidades? Não, e não mesmo. É a própria índole má, pois se fosse assim, a cerca de 90% da população brasileira seria justificável que cometesse crime, e viveríamos uma barbárie, em um completo caos. Além disso, quando entraram para a corporação já sabiam que iam sobreviver com baixo salário e com uma profissão de alta periculosidade, lutando, muitas vezes, com bandidos muito mais armados que eles. Se não estão satisfeitos, PEDE PRA SAIR, como ordenava o Capitão Nascimento do filme Tropa de Elite, mas não cometa crimes e tente justificar passando a responsabilidade pelos atos reprováveis a outros. 
Não quero e nem posso eximir o governo da culpa, sei que ele tem uma responsabilidade enorme, antes de tudo, não para coibir de forma ostensiva, para evitar com que cheguemos a níveis de violência como o que vivemos hoje.
Como cidadão brasileiro, como cidadão que todos os dias vê os seus direitos violados, sinto-me na obrigação de externar também a minha indignação e concordar, em parte, com a Tol Gal, "a polícia sempre chega na hora errada", mas não no sentido empregado por ela, mas sim, no sentido de que sempre chegam depois que o crime aconteceu, falo dos casos em que há um princípio de tumulto e percebendo-se que poderá acontecer um caso mais grave chamasse a polícia, que só aparece duas horas depois. E não justifica a assertiva de que falta carro ou maior contingente, pois quando ocorre casos como o do espancamento dos jovens, a polícia aparece imediatamente. Até parece que a polícia serve a quem comete crimes e não a cidadão que pagam os seus impostos (muito caros, por sinal!) e cumprem com as suas obrigações.
Emerson Marinho (em resposta à reportagem: Assaltantes roubam celular e são espancados por moradores do Centro - do jornal O Imparcial.)