Pages

18 outubro 2015

O QUE MERECEM OS PORCOS DA NOSSA POLÍTICA? ABSOLVIÇÃO?

Uma típica frase jurídica já é corriqueira nos colóquios populares: todos são inocentes até que se prove o contrário. Uma corruptela do texto da Constituição Brasileira de 1988 em seu artigo 5.°, inciso LVII que diz: "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Mas o que fazer se há provas contra o... acusado?

Temos assistido, nas últimas semanas, cenas vergonhosas em nossa política nacional. Fraudes, desvios de verbas públicas, assaltos ao erário público, e tantas outras práticas abjetas que revelam: a podridão, a lama putrefata que se tornou a política partidária de nosso país nas últimas décadas, e os porcos que chafurdam na lama terem seus nomes revelados nas mais distintas mídias, nos enojando por sermos nós mesmos os responsáveis por eleger essa corja de bandidos de “colarinho branco” (expressão tão usada há poucas décadas e hoje quase levada ao ostracismo).

Surpreendi-me hoje com a seguinte manchete de um site de cunho direitista (entenda-se governista): PSOL pede ajuda da população para evitar engavetamento da cassação de Cunha.

Compreendo, quiçá toda a população, que toda falta é digna de punição, senão reparação pelos danos praticados, ou no mínimo uma retratação pública com direito a pedido de desculpas (dependendo da gravidade do “erro”, é claro). Aprendemos tudo isso desde criança, ao fazermos nossas “traquinagens” e reforçamos ao nos tornar adultos, aprendemos desta forma, a respeitar os limites e os direitos alheios.

É incompreensível ver cidadãos escolhidos para nos representar, “dignos representantes da lei” praticar inversões de valores, desrespeitarem os direitos criados por eles mesmos e com obrigação de fiscalizar e cobrar o seu cumprimento. Se há um crime, se houve apropriação indébita de recursos públicos, o mínimo a se fazer é investigar, e em caso comprobatório de crime e a sentença penal condenatória transite em julgado, se empregue o rigor da lei. Lembremos, não são denúncias vazias, provas já foram levantadas e de forma inconteste os crimes foram comprovados. Qual a justificativa para engavetar o processo de cassação? Se fosse um pai de família que praticasse um crime “menor” teria a mesma complacência ou condescendência das autoridades competentes? A resposta é taxativa, não.

Se todos são “iguais perante a lei” (segundo a Constituição em seu parágrafo 5º) por que esses “cidadãos” são mais iguais que outros? Pelo contrário, eles devem ser os primeiros a dar o exemplo. E não falo só dos bandidos que tiveram os seus crimes revelados e estampados publicamente na mídia, envergonhando a todos nós, mas principalmente, daqueles obrigados a respeitar a Constituição e fazê-la ser cumprida para além de coleguismos e corporativismos. Quando esses parlamentares não agem da maneira devida, deduz-se terem esses, rabos presos com aqueles, nivelando a nossa política por baixo, pela lama, nos envilecendo ao ver os porcos se revirar pela lama em nossas caras. Assistirmos a tudo isso de forma estática e pacífica, como se fosse a única coisa sensata a fazer. 

Povo brasileiro, se um porco entra em nossos humildes lares, a primeira coisa a fazer é expulsá-lo de forma sumária e levá-lo para o seu verdadeiro habitat, o chiqueiro. Façamos o mesmo com os porcos da nossa política, afinal somos nós que “tangemos” esses seres imundos, desprezíveis para dentro da nossa política. Façamos juízo de valores e levemos estes vis cidadãos para o único lugar por eles merecido e que a eles lhe cabem, ao cárcere privado, ou no mínimo ao ostracismo, ao exílio das funções políticas de forma definitiva.
Jamais esqueçamos o que já dizia o texto latim: Lex enim omnis, “a Lei é para todos”. E ela deve ser cumprida com todo rigor exigido, doa em quem doer.

Emerson Marinho


08 julho 2015

JEAN WILLYS, O PSEUDO ROBIN HOOD MODERNO

 Esta semana a sociedade brasileira foi desperta por mais um crime bárbaro ocorrido em São Luís, um rapaz de 29 anos suspeito de ter cometido um crime foi amarrado a um poste e espancado até à morte pela população revoltada.

Na contramão do fato, vários pseudo intelectuais, buscaram ver no crime uma situação de racismo, que ainda existente de forma velada em nosso estado, certamente no nosso país, não poderia ser reivindicado nesse caso e mais tarde citarei o motivo.

Me chamou a atenção o texto do ex-BBB, hoje Deputado Federal Jean Willys, aonde trago alguns trechos. O primeiro deles foi: “Mais uma vez, o linchamento, a barbárie eivada de racismo”... Como pode o nobre deputado no comodismo de seu gabinete emitir tão precisa asserção? Ao que me parece as constatações foram feitas a partir das fotos espalhadas pelos jornais e viralizadas pelas mídias sociais. Antes de qualquer julgamento antecipado, o excelentíssimo deputado deveria se valer dos fundamentos do jornalismo, matéria da qual é formado, a apuração dos fatos in loco, ou no mínimo entrevistar aqueles que presenciaram a cena. De acordo com testemunhas oculares, a vítima que veio a óbito foi o responsável por empunhar a arma que falhou três vezes na tentativa de ferir um pai de família, mais uma vítima dos crimes que hoje proliferam como uma praga em todas as cidades do nosso país. Não teria qualquer justificativa para ser reivindicado crime de racismo, mas sim revolta com a horda de criminosos que vitimam trabalhadores todos os dias e se colocam impune em meio à sociedade, hoje mais contemplativa ao clima de impunidade tão frequente em nosso país, e não menos em nosso estado.

A outra vítima, ao contrário do que alguns reclamam, não teria ficado impune, só não foi a óbito também por conta da chegada iminente dos “bravos, eficientes e céleres” policiais militares.
O conspícuo deputado, também afirma que o suspeito foi “espancado até a morte por uma turba de psicopatas em São Luis”. Acredito que o altivo ex-bbb não compreenda o que é ser um trabalhador assalariado que trabalha de sol a sol 6 dias por semana e no final do mês, ao receber o seu mísero salário, descontado tantos benefícios e impostos, é abordado por uma “criança” menor infrator e/ou um mal sucedido cidadão levado a ser criminoso por falta de oportunidade, que além de usurpar os rendimentos parcos do trabalhador lhe chama de “vagabundo” e/ou ceifa-lhe a vida sem o menor remorso e sem a mínima explicação. Excelentíssimo deputado, os psicopatas que vossa excelência nomeia, são pais de família cansados de serem vilipendiados diuturnamente por aqueles que se dizem nossos representantes em suas mais distintas esferas e abordados por bandidos armados que assaltam com a certeza da impunidade. A justiça outrora cega, hoje enxerga apenas os direitos da minoria marginalizada que tem nos Direitos Humanos um eficiente e digno órgão para livrá-los das “injustiças”. Decoroso deputado, se “esses direitos (Humanos) são também daquele adolescente espancado e atado a um poste por uma trava de bicicleta!” deveriam ser dos filhos que se tornam órfãos prematuramente e das mães de família viúvas esquecidas pelos Direitos Humanos e pelos excelsos parlamentares. Eles têm suas vidas reviradas e terão que ser assistidos por familiares ou amigos complacentes ou ainda aprenderem a buscar uma nova forma de superar as agruras da vida por conta própria.

O ex-bbb, hoje representante da dita classe minoritária, mete os pés pelas mãos ao agredir a quem quer que seja que não concorde com sua ideologia, com seus princípios (ou a falta deles), desde jovens de 19 anos que não escapam de seu vilipêndio, de suas agressões verbais, a jornalista “cafona” que tem suas afirmações distorcidas por defender aqueles a quem o brioso deputado e seus pares esquecem ter a obrigação de fazer. Compreender a ação da “turba de psicopatas”, da multidão surtada em desabafo por falta de justiça, não é, e nunca será, aceitar a ação de quem se volta à ordem pré-estabelecida. Compreender as razões das agressões cometidas contra os jovens ludovicenses ou a tantas outras vítimas de linchamento, negros ou não, não é incentivar ou “fazer apologia ao linchamento” é perceber a revolta da população pelas injustiças sofridas, pela falta de investimento na segurança expressado pelo insuficiente número de agentes policiais ou viaturas para atender aos pedidos de socorro. É se colocar ao lado dessa multidão desassistida de direitos.

O pseudo-herói tupiniquim que busca “roubar” o direito dos pobres para dar a uma minoria dita discriminada, dá uma de João Sem Braços ao não compreender que cercear o direito de uma jornalista expressar os lamentos de uma maioria (não intelectualizada) é o espelho da “viúva ditadura fascista”, hoje reproduzida por grupos, propagandista do ódio e da inversão de valores sociais.
Meu nobre egrégio, o Estado Democrático de Direito está desacreditado, não por conta daqueles que representam o 4º poder, mas por cidadãos que esquecem quem deu o poder que hoje ostentam; por aqueles que se acham acima do direito de respeitar os seus pares, ou quem eles representam; por aqueles que confundem o bem público com o bem particular, que metem, sem qualquer pudor, as pútridas mãos no erário público, nas verbas para comprar a merenda das nossas crianças, no dinheiro destinado à nossa saúde, educação, segurança, etc.

O “nosso” pseudo Robin Hood precisa sair de sua mordomia, da sala com ar condicionado, se desnudar do terno italiano pago com o nosso dinheiro para observar in loco a situação da “maioria” desassistida pelos poderes instituídos. Pisando na lama, vestindo a farda dos nossos operários ele compreenderá ser eles, os nobres parlamentares, os únicos responsáveis por “fazer do Brasil o cu do mundo”.


Emerson Marinho