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27 agosto 2013

ENQUANTO MÉDICOS ESTRANGEIROS SÃO HOSTILIZADOS, BRASILEIROS RECEBEM E NÃO TRABALHAM

Há três semanas o SBT Brasil mostrou reportagem realizada no Estado de São Paulo, mais precisamente no Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros mostrando a farra dos médicos que assinavam o ponto e em seguida deixavam o hospital, sem atender a nenhum paciente. A desfaçatez foi tão grande que tentaram justificar o injustificável, tentado passar para a sociedade ser algo legal e de conhecimento dos superiores.

Quanto pensávamos ser um caso isolado e a falta de vergonha se restringia a apenas alguns poucos médicos daquele centro de saúde, na noite de ontem e hoje (27/08) foram mostradas reportagens no mesmo jornal (SBT Brasil) denunciando as mesmas práticas em um hospital Público do Rio de Janeiro, em Araruama. Vários médicos foram flagrados assinando o ponto e deixando o posto de trabalho sem atender a um paciente sequer, um deles chegou até mesmo com roupa de academia e tênis. Nesse caso, só foi possível falar com um médico, pois os outros foram avisados e se esconderam. Alguns deles saíram pela porta dos fundos, no branco traseiro de carros de amigos e cobertos por lonas. O que mais impressiona é ter entre esses profissionais, políticos, um deles é ex-secretário municipal de saúde.

Claro que são casos isolados... Será? Pois, pelo que pudemos ver o mesmo crime foi cometido em dois centros de saúde nos dois principais estados na nossa federação. Me interrogo se a mesma prática não é repetida em outros hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro, e nos outros estados do nosso país, e se os hospitais foram escolhidos a esmo pela reportagem ou já haviam denúncias que justificaram a seleção desses hospitais? Sinceramente espero que sejam exceção, mas ao que tudo indica, esses não são casos isolados, e como os conselhos regionais de medicina não tem a competência para investigar esses fatos (afinal não é de responsabilidade deles agir nesse sentido, mas bem que poderia ser) e não existem qualquer órgãos que "assuma" essa responsabilidade, a farra dos médicos fantasmas continuarão pelo nosso país, e no máximo serão afastados, mas nunca demitidos ou ressarcirão os cofres públicos.

Além de pagarmos médicos para não trabalharem, de ficarmos nas recepções dos hospitais esperando por horas por vezes dias para sermos consultados por um médico, quando somos atendidos; nos revolta sabermos que são esses mesmos médicos que gastam o seu "desocupado" tempo para fazer manifestações contra a vinda dos médicos estrangeiros vindos para "ajudar", a realizar um ato humanitário de salvaguardo da vida dos desassistidos pelos médicos "mercenários" que só pensam no próprio bolso.

Se de um lado o SBT Brasil mostra a irresponsabilidade de alguns médicos (pois acreditamos ser uma minoria) do outro está a Globo com seu Profissão Repórter mostrando médicos que exercem sua profissão sem a mínima condição de trabalho, e sabemos ser essa uma realidade habitual em nossos municípios. Fico com a dúvida se a Globo faz isso para politizar a discussão e polarizar como se a responsabilidade fosse unicamente do governo Federal, mais precisamente do PT.


Emerson Marinho 

Acompanhe na íntegra as duas reportagens do SBT Brasil e se indigne com as práticas reprováveis dos médicos fantasmas.


Exclusivo: SBT Brasil mostra farra dos médicos no Rio de Janeiro




SBT Brasil mostra farra dos médicos em São Paulo


25 agosto 2013

MÉDICOS CUBANOS DIZEM TRABALHAR POR VOCAÇÃO NÃO POR DINHEIRO

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Médicos cubanos chegam ao Brasil para trabalhar
em regiões carentes (Foto: Luiz Fabiano / Futura Press)

Li recentemente no site do Pragmatismo Político, matéria da Folha Press, notícia com a seguinte manchete: Médicos cubanos no Brasil: "viemos por solidariedade, não por dinheiro".


Para nós brasileiros talvez soe como novidade um médico falar isso, pois a realidade do nosso país é totalmente inversa. Não generalizo, pois conheço pelo menos dois médicos que trabalham no interior do estado que exercem a medicina por sacerdócio, pelo amor à profissão. Claro que não trabalham de graça, mas o dinheiro não é prioridade, fazendo, pelo menos um deles, sua casa como consultório, recebendo os pacientes a qualquer  hora do dia sem cobrar por isso. O outro fazia visitas domiciliares atendendo pacientes fora do horário de trabalho.


De outro modo, apontaria algumas dezenas que não atendem nem mesmo os pacientes escalados e/ou nem olham para a cara do paciente antes de receitar um medicamento que poderia ser receitado por um farmacêutico, com melhores resultados. A preocupação é bater o ponto em dois, três hospitais por dia e aumentar a renda, além de dar expediente nos consultórios particulares cobrando altos valores pelas consultas.

A vinda desses médicos estrangeiros ao Brasil (principalmente cubanos) é uma ameaça a esses maus profissionais, que podem desmenti-los ser impossível prestar serviços de medicina nos mais recônditos rincões do nosso país. Só o tempo vai mostrar quem está com a razão, ainda que aposte no primeiro.  

E por falar de profissionais de saúde que trabalham por vocação é só lembrar dos Médicos sem Fronteiras.


Lei parte do texto, para ler a matéria completa clique aqui.


Postado em: 25 ago 2013 às 1:26

Médicos cubanos chegam ao Brasil: “Nós somos médicos por vocação e não por dinheiro. Trabalhamos porque nossa ajuda foi solicitada, e não por salário, nem no Brasil nem em nenhum lugar do mundo”

Os primeiros médicos cubanos que desembarcaram no Brasil para participar do programa Mais Médicos, do governo federal, disseram neste sábado que não sabem quanto receberão pelo trabalho e que vieram “por solidariedade, e não por dinheiro”.
“Nós somos médicos por vocação e não por dinheiro. Trabalhamos porque nossa ajuda foi solicitada, e não por salário, nem no Brasil nem em nenhum lugar do mundo”, afirmou o médico de família Nélson Rodríguez, 45, ao desembarcar no Aeroporto Internacional dos Guararapes, em Recife (PE).
Ele disse que a atuação dos profissionais no Brasil seguirá as ações executados em países como Haiti e Venezuela, onde já trabalhou. “O sistema de saúde no Brasil é mais desenvolvido que nesses outros países que visitamos, então poderemos fazer um trabalho até melhor na saúde básica”, afirmou.
À imprensa, outros médicos que deram entrevistas concordaram com o colega. Todos eles falaram “portunhol” –afirmaram que tiveram contato com o português quando trabalharam na África ou por terem amigos que já trabalharam no continente.
Natacha Sánchez, 44, que trabalhou em missões médicas na Nicarágua e na África, disse que os cubanos estão preparados para o trabalho em locais com “condições críticas” e que pretendem trabalhar em conjunto com os médicos brasileiros. Ela afirmou não ter conhecimento das críticas feitas pelo Conselho Federal de Medicina ao programa Mais Médicos.
FONTE: FOLHAPRESS

14 agosto 2013

OPORTUNAMENTE, JOSÉ SARNEY SAI DA UNIDADE SEMI-INTENSIVA

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O presidente do Senado, José Sarney
(PMDB-AP). (Foto: Antônio Cruz/ABr)
Após pronunciamento realizado na cidade de Presidente Sarney, a governadora Roseana Sarney (não por coincidência filha do ex-presidente) afirmou que o pai deixou a unidade semi-intensiva e já se encontra em um apartamento do Hospital Sírio Libanês.
Vejo como oportuno a melhora do Sarney, pelo menos para a Oligarquia. Isso porque, tão logo ele "baixou" para o hospital, tudo o mais pareceu desmoronar para seus aliados políticos.
Inicialmente para a filha: Roberto Gurgel, procurador-geral da República, decide pedir a cassação da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e do seu vice, acusados de abuso do poder político e econômico nas eleições de 2010 em processo que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O caso agora será analisado pelo plenário do TSE. Até aí nenhum problema, pois os Sarney tem gente em todas as esferas e no TSE não é diferente, e não é segredo para ninguém. A relatora do caso seria a ministra Luciana Lóssio, que foi advogada de Roseana em 2009 na ação que cassou o ex-governador Jackson Lago e deu posse à Roseana, no entanto, a relatora, curiosamente, e acertadamente, se declarou impedida de relatar e julgar o processo .
Para completar, o objetivo de continuar com o comando do estado parece cada vez mais distante. O já alardeado, candidato do governo, Luís Fernando, pode ter as suas pretensões frustadas, pois caso aconteça a cassação (que a meu ver, é improvável) ele não poderia disputar por ser filiado há menos de 1 ano no PMDB.
Isso só demonstra que o Sarney é o cérebro que comanda a política do Estado por quase 50 anos, e caso ele "falte", leva consigo todo o legado, pois a única com carisma para tentar manter a oligarquia viva é a Roseana que já declarou desistir da política após o seu governo (o que considero também improvável).
EMERSON MARINHO
SARNEY DEIXA UTI DE HOSPITAL EM SÃO PAULO, DIZ ROSEANA
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney confirmou que o senador José Sarney já deixou a unidade semi-intensiva e está em um apartamento do Hospital Sírio Libanês,  em São Paulo. Roseana falou sobre o estado de saúde do pai após seu pronunciamento na cidade de Presidente Sarney, nesta quarta-feira (14).
“Antes de vir pra cá, recebi essa ligação confirmando que ele já está no apartamento, o que me deixou muito feliz. Agora todos estamos mais tranquilos”, disse Roseana.
José Sarney, de 83 anos, foi internado do dia 28 de julho, no hospital UDI, após se sentir mal durante o casamento de uma de suas netas. Ele chegou a São Paulo no dia 31 de julho, onde permaneceu por alguns dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Sírio Libanês.
No último boletim médico, divulgado no dia 07 de agosto, o senador José Sarney foi diagnosticado com dengue aguda e apresentou quadro de pneumonia bacteriana.
FONTE: G1 MA

12 agosto 2013

BEIRA-MAR TEM MOTIVOS PARA QUERER SER TRANSFERIDO PARA O MARANHÃO

No site dO Imparcial de hoje (12/08) é possível ver duas matérias, praticamente antagônicas: uma fala da matéria mostrada pelo Fantástico na noite anterior, que trata de uma possível transferência do Fernandinho Beira-Mar para São Luís, enquanto a outra registra mais uma fuga no complexo penitenciário de Pedrinhas. O criminoso foi condenado a 80 anos de detenção em regime fechado, por assassinatos cometidos por seus comandados, a seu mando, quando este estava preso em Bangu 1. Preso desde 2002, o traficante já foi transferido para outros presídios de segurança máxima para impedir que ele continuasse a comandar o crime organizado.
Do outro lado já foram registrados somente este ano no Complexo penitenciário de Pedrinhas, cerca de uma dezena de fugas com dezenas de fugitivos e tantos outros que não foram capturados. Até hoje não se chegou a nenhum responsável. Tá na cara o que o Fernandinho Beira-Mar e o Marcinho VP queriam, entretanto, o desembargador Froz Sobrinho e o Juiz Roberto de Paulo, da 1ª Vara de Execuções Penais, disseram que não compete a desembargador decidir sobre a transferência de presos.

Não será surpresa ouvirmos daqui a alguns dias a notícia absurda de que os traficantes serão transferidos para a nossa cidade. Mas o que mais dói é ver mais uma vez o nosso estado ser citado na mídia nacional de forma negativa, desta vez, até mesmo entre aqueles considerados à margem da sociedade.


EMERSON MARINHO

11 agosto 2013

HOMOSSEXUAIS: QUANDO A FALTA DE RESPEITO ACABA COM QUALQUER DIREITO

Navegando pela internet esta semana me deparei com a notícia da agressão sofrida pelo pastor e deputado Marco Feliciano (PSC) por parte de 10 homossexuais em voo doméstico que fazia entre Brasília e São Paulo. Confesso que me senti incomodado, até meio ofendido com tal ato. Não por comungar com as ideias do pastor, ou tampouco ver ele como representante de meus ideais, pelo contrário, mas sim, por me senti ofendido como cidadão brasileiro que foi desrespeitado e achincalhado por ter ideias divergentes e não comungar as ideias de outros.
Na minha concepção, se vivemos em uma democracia, nos é dado o direito de nos expressarmos e emitir as nossas opiniões sem que, é claro, ofenda ou fira os direitos de outros, assegurados na nossa carta magna, e não somos obrigados a concordar com a maioria.
Já dizia o meu pai: Não é por um burro nos dá um coice que vamos retribuir na a mesma moeda. Foi desta forma que os homossexuais agiram com o pastor, constrangendo, ameaçando e agredindo-o fisicamente, resultando na intromissão do piloto do voo, que ameaçou retornar ao aeroporto de Brasília se não acabasse aquela balbúrdia que poderia colocar a segurança dos passageiros em risco.

Antes mesmo de decidir emitir minha opinião sobre o assunto encontrei um texto que retrata bastante o meu ponto de vista. Me sentindo atendido pelos argumentos ali colocados tomei a liberdade de publicá-lo na íntegra. O texto foi publicado por Rodrigo Constantino, colunista da Veja, com o título: O duplo padrão dos politicamente correto.


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Declaração de Marco Feliciano por meio do twitter
Antes, quero me declarar como não homofóbico, mas sou contra o pensamento dos homossexuais que nos obrigam a ver a prática homossexual como normal, quando os ensinamentos cristãos (entendendo como tradicionais) nos ensinam que não, ainda que também nos ensine o amor ao próximo. Entendo que mesmo não concordando devemos respeitar e aceitá-los como cidadãos merecedores de todos os direitos. Entretanto, é difícil aceitar como eles manipulam os discursos colocando-se sempre como vítimas e buscando se impor como sujeitos de direitos acima de qualquer outro. Quero lembrar que os negros há mais de 100 anos lutam por direitos, a lei de cotas para o ensino superior (uma das ações alternativas) só agora foi sancionada; as mulheres que há muitas décadas lutam por direitos iguais com os movimentos feministas, até hoje trabalham para ver os seus direitos atendidos (ainda que não sejam minoria); além dos índios, dos deficientes físicos, etc. Se para todos esses grupos a luta é árdua, intensa e os resultados veem paulatinamente, porque os direitos dos homossexuais tem que ser imediatos? Por que obrigar a todos a aceitarem suas práticas como normais, sabendo que o Brasil é um país tradicionalmente cristão e conservador e que para toda mudança é necessário um tempo de adaptação e/ou assimilação? Respeito ao próximo é necessário e fundamental.

EMERSON MARINHO

O DUPLO PADRÃO DOS POLITICAMENTE CORRETOS

Não tenho a menor simpatia pelo pastor Marco Feliciano. Ele também não me representa, como dizem por aí. Mas, em primeiro lugar, ele representa milhares de pessoas, muito mais do que o deputado Jean Wyllys, por exemplo, e estamos em uma democracia. Em segundo lugar, ele é um ser humano e merece ter seus direitos respeitados, como todos os outros. Por fim, o que realmente incomoda é o duplo padrão do pessoal politicamente correto.
O deputado Marco Feliciano usou seu Twitter para criticar o comportamento de alguns passageiros durante um voo nesta sexta: ”Ao decolarmos em Brasília, cerca de 10 gays me constrangeram. Dois vieram a minha poltrona gritando, cantando música bizarra”, reclamou. Para quem ainda não viu o vídeo que andou circulando, veja antes, que depois eu volto:
A pergunta principal que cabe aqui é a seguinte: e se fosse o contrário? E se fosse um grupo de evangélicos hostilizando um gay? E se fossem dois pastores mexendo com o deputado Jean Wyllys? Qual seria a reação da imprensa, das pessoas em geral? É basicamente a pergunta que deve ser feita, para mostrar o salvo-conduto que minorias barulhentas e organizadas da seita politicamente correta conquistaram nesse país.
Ah, mas o Feliciano é um sujeito “podre”, “homofóbico”, “ridículo”. Não importa! Mesmo que isso tudo fosse verdade, não vem ao caso. Ele tem o direito de pegar seu vôo e não ser importunado dessa maneira. Notem que um dos rapazes fica, inclusive, tocando nele, alisando seu cabelo. Isso é errado! Só que, até agora, dos 570 mil que viram esse vídeo, mais de 4.300 curtiram, enquanto menos de 1.700 reprovaram.
Eis o duplo padrão, o velho “um peso, duas medidas”. Humilhar um evangélico pode, tudo bem, mas se alguém fizer a metade disso com um gay, é bullying da maior gravidade, o “homofôbico” já desceria preso do avião, e seria capa em todos os jornais e chamada principal no JN.
O movimento gayzista é bem organizado, e pode tudo. Pode até praticar atentado ao pudor, que é crime, nas passeatas gays. Pode usar uma cruz em local público, em frente a senhoras que foram ver o Papa Francisco, para masturbação. Direitos iguais? Não! Eles querem – e pelo visto já possuem, privilégios!
Vivemos em uma espécie de ditadura das minorias organizadas. Isso é muito cansativo! Peço que dediquem 11 minutinhos de seu tempo para ver esse meu vídeo, onde comento o excelente livroThe Victims’ Revolution, de Bruce Bawer. Aliás, ele é gay.
 FONTE: VEJA

SER PAI. UMA DÁDIVA OU UMA GRANDE RESPONSABILIDADE?

Hoje é dia dos pais, para quem tem prole, uma data para lembrar ser uma “dádiva de Deus”, um presente para deixar para a posteridade o nome da família. Entretanto, ser pai é muito mais que “colocar o filho no mundo”, ser pai é ter RESPONSABILIDADE, isso mesmo, ser pai é entender que você vai, para além de colocar mais uma entre os 6 bilhões de seres já existentes, pari um cidadão com direitos, deveres, obrigações e necessidades, e que precisam dos pais para que direitos sejam respeitados e obrigações sejam atendidas.

Desde cedo as crianças têm necessidades, mesmo antes de nascer, e depois o trabalho só aumenta. Alimento, vestimenta, remédio, educação, um lar são necessidades básicas que são essenciais para o crescimento desses pequenos seres que em breve estarão aptos a ajudar a continuar a multiplicar a população e a contribuir para a manutenção do estado democrático de direito, ou a engrossar as fileiras dos grupos que buscam por uma sociedade mais justa e democrática. 

Ser pai é tão importante, que para mim deveria ser necessário um “curso de paternidade” com certificado ou “carta” no final, como a necessária para dirigir ou registro para exercer certas profissões. Um curso para ensinar a se ter responsabilidade com os pequeninos e que eles necessitam de carinho, amor, dedicação, atenção...

Por que chego a esse extremo?

As crianças hoje são pais de outras crianças, cada dia tem filhos mais jovens, não tiveram educação e serão incapazes de dar educação aos filhos. Não falo da educação formal (de responsabilidade do Estado), de obrigar o filho a frequentar uma escola, mas de ensinar valores como cidadania e ética. Ensinar que temos direitos e deveres e que o nosso direito termina aonde começa o do outro. A falta disso resulta em uma sociedade com altos níveis de criminalidade, preconceitos, e porque não, miséria, afinal esses também não tem a educação formal e não terão qualificação para obter um emprego digno e bem remunerado.

Espero que possamos refletir a partir de agora sobre a sociedade que temos e a que queremos, pois nunca é tarde para mudar. Se como pais e mães ensinarmos a nossos filhos a importância de valores básicos como o respeito ao próximo e o cultivo de bons hábitos de convivência urbana, teremos uma “sociedade mais justa, solidária e igualitária”.

EMERSON MARINHO

02 agosto 2013

APÓS URUGUAI, O BRASIL SERÁ O PRÓXIMO A LIBERAR A MACONHA?

O Brasil se deparou essa semana com a notícia que o nosso vizinho Uruguai aprovou uma medida que libera a venda de maconha no país. Para virar lei, o texto deverá ser apreciado pelo Senado. Mas o que essa notícia tem a ver com o Brasil?
Não é de hoje que centenas de ativistas fazem mobilizações pelo país em favor da liberação da maconha no Brasil, alguns são figuras ilustres como o ex-presidente da república, Fernando Henrique Cardoso. A aprovação da livre comercialização, cultivo e consumo (com certas restrições) no Uruguai, abre certo precedente para que outros países do bloco sigam no mesmo rumo. Em poucos dias veremos diversas passeatas a se multiplicarem no país a favor da liberação da maconha, da mesma forma que nos acostumamos a ver, nas últimas semanas, grandes aglomerados humanos, com a principal diferença que essas terão um objetivo bem definido e argumentos embasados.
De pronto surge uma nova indagação: quais as implicações advindas da liberação da droga no país?
O principal argumento, de quem é a favor, é ser um golpe enorme contra os traficantes que não terão mais concorrentes e quebraria o negócio, reduzindo assim a criminalidade.
No entanto, não vejo bem por aí. Os traficantes teriam legitimidade para continuar traficando enquanto iriam imprimir algum tipo de punição a quem lhes fizesse frente, como é feito atualmente com as quadrilhas rivais, isso iria contra o argumento de redução da criminalidade.
Dizer que as pessoas iriam plantar a sua própria maconha para consumo, vejo como nova falácia, é muito menos trabalhoso comprar o produto pronto. Senão,  começaríamos a plantar e produzir boa parte do que compramos e consumimos, isso vai de alimento a vestuário, para não me alongar com descrições.
A liberação do uso da maconha reduziria o prazer oculto pelo uso da droga, “o que é proibido é mais gostoso”. No entanto essa assertiva, apesar de verdadeira, agrava outro problema: se essa droga passa a ser lícita, os jovens, principalmente, vão procurar outras mais excitantes (proibidas) e por extensão com um poder de vício e destruição muito maior, o problema só se agravaria. A maconha, que é relaxante passaria a ser substituída por outras excitantes como o caso da cocaína, a heroína, o crack e o Óxi derivado da pasta base da cocaína, muito mais barata, viciante e com alto poder destrutivo.
Outro argumento utilizado por quem é a favor da liberação da maconha é que “com campanhas de conscientização e esclarecimento as pessoas teriam poder de optar se iriam querer usar drogas ou não”. Pergunto: isso deu certo com as propagandas contra o uso do cigarro? As advertências nos rótulos dos maços, as fotos chocantes com a intenção de diminuir o consumo não surtiu efeito algum, pelo contrário, o consumo cresceu, principalmente entre os jovens.
Além de todas as preocupações já descritas, meu temor com a liberação da maconha no Uruguai, é a facilitação da produção da maconha naquele país e o escoamento do produto para o nosso, que já acontece com tanta facilidade.
Pergunto ainda se os argumentos utilizados para a liberação da maconha não seriam os mesmos, ou no mínimo próximos, utilizados para a liberação de outras drogas? Em breve veríamos passeatas a favor da liberação da cocaína, do crack do óxi, afinal deve-se dar direito de livre escolha.
Qual seria a solução, então? Sinceramente não sei. Este é o desafio. Mas acredito que a liberação não é mesmo. Ainda que seja a opinião de um leigo que nunca deu um “tapinha no bagulho” ou mesmo tenha se aventurado a fumar um cigarro.

EMERSON MARINHO