O eco da nossa imprensa é de corrupção, desonestidade, desvios de
dinheiro público por parte de quem tem por objetivo nos representar. Para nossa
indignação constatamos que a única liberdade que os nossos representantes colocam
em prática é a financeira, deles e dos seus.
Por: Emerson Marinho*
Há quase 100 anos um grito de
independência foi dado às margens do Rio Ipiranga. O grito de D. Pedro I por
independência ainda ecoa de norte a sul do nosso país. Hoje o povo sai às ruas
com um grito um tanto diferente, de indagação: Independência ou torpe? Ainda
que o desejo pela liberdade da nossa pátria seja latente, os nossos “inimigos”
são outros: se antes eram estrangeiros, hoje os inimigos são nativos, viram as
costas para os da própria pátria. A nação inteira se pergunta se o grito daqueles
que dizem nos representar é realmente de liberdade ou torpor, desonestidade?
O eco da nossa imprensa é de
corrupção, desonestidade, desvios de dinheiro público por parte de quem tem por
objetivo nos representar. Para nossa indignação constatamos que a única
liberdade que os nossos representantes colocam em prática é a financeira, deles
e dos seus.
No dia em que comemoramos a nossa
Independência, devemos lembrar do significado do brado dado por D. Pedro, um
brado de inconformidade com a situação que pretendia continuar com as algemas
do nosso povo, um brado que buscava a liberdade mesmo que tivesse que ser
alcançada com sangue. Esse mesmo grito se encontra engasgado na garganta de
todos os brasileiros que veem o seu voto ser jogada na lama da corrupção, que
veem as suas empresas públicas serem assaltadas e doadas ao capital estrangeiro,
que veem milhares de pais de família desempregados sem ter como dar uma vida digna
a seus filhos, que veem o aumento dos preços do petróleo e seus derivados, da
energia elétrica, dos alimentos e tantos outros produtos obtidos a partir de
nossas próprias matérias primas.
O nosso grito de Independência
deve ser levado às ruas junto à lembrança da morte daqueles que lutaram dando a
própria vida para hoje fossemos livres, para termos uma pátria que precisa ser realmente
ser chamada de amada.
* Bacharel em Comunicação Social