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07 setembro 2017

INDEPENDÊNCIA OU TORPE?

O eco da nossa imprensa é de corrupção, desonestidade, desvios de dinheiro público por parte de quem tem por objetivo nos representar. Para nossa indignação constatamos que a única liberdade que os nossos representantes colocam em prática é a financeira, deles e dos seus.

Por: Emerson Marinho*

Há quase 100 anos um grito de independência foi dado às margens do Rio Ipiranga. O grito de D. Pedro I por independência ainda ecoa de norte a sul do nosso país. Hoje o povo sai às ruas com um grito um tanto diferente, de indagação: Independência ou torpe? Ainda que o desejo pela liberdade da nossa pátria seja latente, os nossos “inimigos” são outros: se antes eram estrangeiros, hoje os inimigos são nativos, viram as costas para os da própria pátria. A nação inteira se pergunta se o grito daqueles que dizem nos representar é realmente de liberdade ou torpor, desonestidade?

O eco da nossa imprensa é de corrupção, desonestidade, desvios de dinheiro público por parte de quem tem por objetivo nos representar. Para nossa indignação constatamos que a única liberdade que os nossos representantes colocam em prática é a financeira, deles e dos seus.

No dia em que comemoramos a nossa Independência, devemos lembrar do significado do brado dado por D. Pedro, um brado de inconformidade com a situação que pretendia continuar com as algemas do nosso povo, um brado que buscava a liberdade mesmo que tivesse que ser alcançada com sangue. Esse mesmo grito se encontra engasgado na garganta de todos os brasileiros que veem o seu voto ser jogada na lama da corrupção, que veem as suas empresas públicas serem assaltadas e doadas ao capital estrangeiro, que veem milhares de pais de família desempregados sem ter como dar uma vida digna a seus filhos, que veem o aumento dos preços do petróleo e seus derivados, da energia elétrica, dos alimentos e tantos outros produtos obtidos a partir de nossas próprias matérias primas.

O nosso grito de Independência deve ser levado às ruas junto à lembrança da morte daqueles que lutaram dando a própria vida para hoje fossemos livres, para termos uma pátria que precisa ser realmente ser chamada de amada.

* Bacharel em Comunicação Social