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11 outubro 2014

REDE GLOBO, DESCARADAMENTE, APOIA AÉCIO

Quem conhece a história da Rede Globo sabe da sua atração pela “Direita”. Justificável, pois desde a sua gestação e criação, na época da Ditadura Militar Brasileira, resultado de negociatas escusas até hoje não esclarecidas, o conglomerado se sente em dívida e vergada a prestar apoio ao grupo que lhe deu as condições de se tornar a principal empresa de comunicação do país e uma das maiores do mundo, afinal, nada é por acaso.

A Rede também foi responsável (dentre tantas outras inserções, diretas ou não, na política partidária) por ter contribuído decisivamente para a eleição do primeiro presidente, após a Ditadura Militar, estampando em seus telejornais a imagem do candidato jovem e capaz de dar novos rumos para o país que vivia uma das maiores crises em todas as áreas. Da mesma forma, o conglomerado global (principalmente a TV) dois anos depois de eleger Fernando Collor, fez campanha massiva, fazendo uso dos “Caras Pintadas”, para expurgar do poder o intitulado “Caçador de Marajás.

O apoio ao governo Tucano foi evidente durante a década de governo do PSDB. As críticas ao governo Lula só foram amenizados pelo apoio da maioria da população ao governo Lula com seus programas assistencialistas, como o Bolsa Família. Lembremos que durante a campanha eleitoral para o segundo mandato de Lula e o 1º de Dilma evitou-se ao extremo se fazer críticas ao governo Lula, ou de forma mais específica, ao candidato, pois este tinha cerca de 80% de aprovação.

Com a morte trágica do então candidato à presidência, Eduardo Campos, as poucas esperanças pela eleição do Aécio e a Direita, que era um sonho, começa a se materializar. Os resultados dos institutos de pesquisa dão uma sobrevida e mostram que a fantasia poderia se tornar realidade.

O resultado surpreendente das urnas no primeiro turno mostrou o que poucos esperavam, a virada do Aécio deixando mais uma vez a Marina Silva que se mostrou um cavalo pangaré, parte na frente, mas na reta final acaba ficando para trás. Fortalecido pelos primeiros resultados das pesquisas mostrando a preferência do eleitorado pelo Aécio, a Globo se anima e intensifica sua campanha, já pouco velada, pela eleição do candidato do PSDB.

A massificação dos números negativos da economia é intensificada como novidade absurda promovida por este governo. Chega-se a insinuar que o governo Lula nos seus dois mandatos conseguiu, às duras penas, a estabilidade da economia, apenas para justificar que o atual governo não consegue fazê-lo, ainda que, o Ministro da Economia continue o mesmo há quase 12 anos.

A providencial, oportuna e inexplicável divulgação das denúncias de desvios na Petrobrás, durante as eleições presidenciais, é munição usada à exaustão pelos jornais globais, como se fossem absurdamente os maiores exemplos de abuso do poder econômico e de apropriação indébita dos recursos públicos de toda a história do nosso país. É claro que isso nos enoja como cidadãos honestos, nos deixa repletos de revolta por saber como sujeitos desprezíveis enfiam a mão nos cofres públicos e ainda vão à imprensa revelar o que fizeram, respiram o ar da impunidade que impera no nosso país nos três poderes, e que não serão obrigados a devolver ao erário público o que tão sinicamente se apropriaram de forma indevida.

Por outro lado, os primeiros dias da campanha pela TV não tem modificado a tônica do primeiro turno, para além da apresentação de propostas, acusações de lado a lado, deixando o eleitor muito mais confuso por saber qual o candidato será capaz de representá-lo quando parece incapaz ou no mínimo despreparado para governar com transparência, competência e honestidade. Mas isso é assunto para outra conversa.


Emerson Marinho