Ouve-se
desde o planalto um silêncio incrédulo;
O
povo heroico, há muito não se vê representado;
Acompanha
o brado retumbante de uma turba de malfazejos
que
clamam a si o direito particular, o plural de seus desejos.
Hoje
o sol não brilhou, o ódio dissipado pelos corações dos infelizes
cobriu
o astro rei com uma nuvem espessa e pútrida.
A
vergonha é o sentimento coletivo,
que
leva para além-mar
a
imagem desbotada desse povo varonil,
por
meia dúzia de abjetos senhores ignóbil.
A
liberdade se vê às vésperas dos grilhões
guardados
por nossa história manchada a ferro e sangue,
negra
história, marcada por autoritarismo e desgoverno,
que
ainda hoje habitam as lembranças de suas vítimas a termo.
No
seio do teu povo heroico e varonil,
não
há clamor por liberdade, por justiça,
que
desafia a própria morte,
pois
a tua voz não mais se ouviu.
Ó
pátria amada! Vilipendiada,
usurpada
desde a mais tenra idade.
Salve,
salve esse teu povo que se sente órfão
de
direitos, de respeito de dignidade.
Já
não há garantias para o penhor dessa igualdade;
Porquanto
alguns mais iguais que outros são.
E
o teu braço forte, não imprime respeito,
já
não sustenta os teus direitos,
nem
mais os teus filhos, que hoje a luta não mais vão.
Brasil,
fostes reduzido a sonho intenso, quimera;
Por
quem, te trata como propriedade sua, pudera!
Subtraindo
tua esperança, rudeza
de
ser gigante como tua própria natureza.
Os
nossos bosques já não tem mais vida,
em
nosso peito já não habita mais amores.
Já
não és belo, nem forte,
e
o teu futuro não espelha qualquer grandeza.
Permaneces
deitado eternamente em berço desditoso
Ao som abafado nos mais profundos recônditos sítios,
Ao som abafado nos mais profundos recônditos sítios,
por desconhecer seus direitos, seus ditames, és
temeroso.
Pátria amada,
Ergueste a clava forte da injustiça
Teus filhos tem o que Temer.
Temer usurpador do poder;
Temer corrupto e corruptor;
Temer judas traidor;
Temer entidade que quer poder.
Aos filhos desde solo és mãe senil,
Pátria usurpada.
Por ti Luto Brasil.