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23 setembro 2014

TERRORISTAS INSTALAM CLIMA DE MEDO E INSEGURANÇA EM SÃO LUÍS

Após dias de pânico na Ilha Rebelde promovido por grupos criminosos com cunho terrorista cai a máscara da (in)segurança em nosso Estado. A população se viu a mercê da bandidagem e boquiaberta com a incapacidade da própria polícia de coibir os atos “terroristas”. Os representantes da Lei, responsáveis pela manutenção da ordem se omitem, se recusam a dar explicações satisfatórias que tragam o sentimento de segurança à população perdido nos últimos anos. Ao se pronunciarem limitam-se a negar temor por estarem cercado de seguranças e agentes policiais, pagos com dinheiro público, para proteger a todos e não a poucos privilegiados.

Assumir a culpa pelo revés surgido às vésperas da eleição seria assinar um atestado de incompetência, inadmissível para quem almeja continuar na política, ainda que à sombra de fantoches revestidos de lobos ou em pele de cordeiro. Sendo assim, se contentam em utilizar o velho jargão dos profissionais futebolísticos: a melhor defesa é o ataque. Imputar a culpabilidade a adversário minora a culpa ou melhor, o faz safar-se ileso.

A população ludovicense se vê encurralada por saber não contar com contingente policial suficiente para manter a ordem, e por ver o crime, única instituição “organizada” no Estado, a dar as cartas, impondo aos poderes instituídos, atender as suas reivindicações por meio dos Direitos (ditos) Humanos, ou na falta deste, implantando o terror em toda a cidade.

Os meios de comunicação alardeiam que o Serviço de Inteligência da polícia está atenta para coibir a ação dos grupos criminosos, no entanto, limitam-se a constatar o óbvio: a ordem para os ataques partiu de dentro dos muros da Penitenciária de Pedrinhas. Afirmação já sabida por metade da população que recebe nas redes sociais declarações dos criminosos feitas de dentro do Complexo Penitenciário com celulares ultramodernos e compartilhados naquele local que “deveria” ter, obrigatoriamente, inibidores de sinais de celular.

São Luís vive não só o medo experimentado por todos durante os anos da Ditadura Militar brasileira, mas começa a respirar um clima fétido, pútrido de terror por saber que aos nossos injuriantes é dado, ainda que ilegítimo, poder quase que total. Afinal, reina a sensação de impunidade para os criminosos, podendo cometer qualquer crime contra a vida. Se presos, a própria justiça (escrita intencionalmente com letra minúscula) se encarrega de libertá-los, quando não, são soltos por agentes penitenciários corruptos em troca de uns bons trocados. Isso tudo é de conhecimento público. Como pode a população ajudar a polícia por meio de denúncias anônimas, sabendo que pode ser identificada por policiais corruptos aos comparsas criminosos que podem assassinar sumariamente seu delator, sendo este só mais um número na estatística de crimes não resolvidos, ou impunes?

Como dizem os criminosos em suas declarações compartilhadas no WhatsApp, Facebook, Youtube e outras: isso é só o começo. E dificilmente o próximo governante, quem quer que seja, irá controlar o Crime, ainda que comandado por pobres “ignorantes”, Organizado, porquanto a polícia e os muros de seus palacetes e carros blindados os protegem do fogo cruzado dos grupos criminosos cada vez mais poderosos tendo o povo como só um objeto para atingir os seus objetivos, da mesma forma que foi durante várias décadas e ainda é nos morros cariocas.

Emerson Marinho