No entanto, o que ninguém falou é
que a principal culpada pelo desastre do debate foi a própria Mirante com o seu “modelo” pouco “convencional”, “criativo” e funcional.
De acordo com a especialista em
Comunicação Social e pesquisadora na Universidade Nova de Lisboa, Janaína
Leite, na obra "Os presidenciáveis no ringue eletrônico" em um debate
verdadeiro deve haver “(1) um confronto, (2) em tempo igual e adequado, (3)
entre opositores de mesmo nível, (4) com
temática pré-definida e declarada (5), para conquistar a audiência”.
Os organizadores do debate cometeram
um grande equívoco (quiçá não tenha sido opcional, o que não duvido) quando não
direcionaram as perguntas dos candidatos para que houvesse um “debate” de
nível, pelo contrário foi montado um ringue aonde os candidatos foram jogados como gladiadores,
como era feito na Roma Antiga aonde os cristãos eram jogados aos leões, e salve-se
quem puder.
No início foi dado tempo para as
declarações de aberturas dos dois candidatos com uma indagação bem oportuna “porque
você quer ser prefeito de São Luís? O que coube a cada um responder como bem
lhe aprouvesse. Em seguida foi aberto espaço para que os dois candidatos fizessem
perguntas com tema livre entre si, o que foi repetido no terceiro bloco. Aqui aconteceu
o grande problema do Debate, tanto que o Castelo trouxe recorrentes vezes a indagação
sobre o vídeo que circulava pela internet e que foi divulgado pelo programa de
tv, no dia anterior, e fugiram ao objetivo do evento que era apresentar e
avaliar as propostas de melhoria da cidade para os próximos quatro anos. O
resultado foram agressões mútuas que acabou sobrando para os familiares.
No entanto, houveram dois
momentos importantes no debate, e talvez os únicos, para quem esperava um
debate de alto nível, quando no segundo e quarto blocos os internautas fizeram
perguntas com temas pré-selecionados.
Emerson Marinho
DRT: 1813